Com mananciais em estado crítico Foz aconselha usuário a reservar água em Palmas

Com multas aplicadas pela ATR, a Foz/Saneatins justifica a falta de água em diversas quadras da capital com a baixa nos mananciais e aumento do consumo. Regularização só acontecerá com fim da estiagem

 

Apenas a estocagem de água em reservatórios próprios poderá garantir à população da capital, evitar o risco de desabastecimento de água enquanto durar o período de estiagem.

 

A informação é da gerente regional da Foz/Saneatins em entrevista ao Portal t1 Notícias na tarde de ontem, segunda-feira, 2, por telefone. “Estamos com os reservatórios em baixa, já adotamos medidas de emergência para aumentar a pressão da água, mas é preciso que as pessoas tenham um reservatório em casa para ficar o tempo todo abastecidas”, confirmou Rosilene Fátima da Silva.

 

Um período de seca atípica, que colocou os principais mananciais da região central de Palmas em estado crítico, somado a outros fatores como o rompimento de uma adutora há cerca de 15 dias, vem compromentendo o fornecimento de água na capital.

 

“O consumo aumentou 26% comparado com janeiro”, afirma Rosilene. A companhia no entanto não informou qual o comparativo do consumo de agosto deste ano com agosto do ano passado, mesmo período de estiagem. “Podemos providenciar os dados”, afirmou a gerente.

 

Histórico da crise

 

A crise de abastecimento na capital, que gerou multa por parte da ATR – Agência Tocantinense de Regulação começou há cerca de 15 dias com o rompimento de uma adutora. “Ele foi corrigido assim que detectamos, mas enquanto isto, um dos dois reservatórios que utilizamos para abastecer a região centro norte da capital ficou distribuindo água sem repor, o que gerou um desequilíbrio”, explica a gerente.

 

O período de estiagem este ano só é comparável a 1995, quando as unidades consumidoras refletiam outra realidade populacional em Palmas. “O consumo vem aumentando. No centro do Plano Diretor, ocorreu uma verticalização. O abastecimento fica comprometido quando a pressão cai”, disse ela explicando em parte o drama vivido por quem mora em apartamento nas quadras centrais como a antiga Arse 21.

 

A região central de Palmas é abastecida pelos córregos Brejo Comprido e Água Fria, os dois com vazão baixa, e que já atingiram seu nível crítico para retirada de água.

 

Empresa busca soluções

 

Segundo Rosilene a solução definitiva só será alcançada com investimentos da ordem de R$ 98 milhões que a companhia já planeja fazer. “Será preciso fazer a revitalização do sistema de Palmas e já existe um plano de investimentos para isto. Esperamos até julho de 2014 estar com as principais obras concluídas”, prevê a gerente regional.

 

Estas obras incluem  a utilização da água do Lago da UHE de Lajeado que deverá ser tratada para ser utilizada. “Isto nos dará um aumento na produçãoo de água, mas a nível emergencial nós tomamos duas providências este ano: utilizamos uma elevatória para aumentar a pressão da água e atender melhor as quadras 112 Sul, 212 Sul, 110 Sul, 210 sul e 108 sul”, informou.

 

A segunda providência tem sido o aproveitamento do excedente de água captado na região Sul da cidade, onde a pressão é boa, na região de Taquaruçu e Taquaralto. “No período noturno, quando as residências estão todas abastecidas estamos redirecionando o excedente para atender as regiões menos abastecidas da capital”, respondeu.

 

“É importante deixar claro que não estamos racionando água. Os problemas que ocorrem não tem como se avisados antes por que diante da variação do consumo -  as pessoas costumam consumir mais no mesmo horário, de pico – a pressão tem sido insuficiente para atender”, resume Rosilene. O jeito então, segundo ela, é reservar.

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