Candidatos do concurso da Defesa Social se reuniram na manhã desta quarta-feira, 14, em frente ao Palácio Araguaia para cobrar do governo uma posição sobre o andamento do certame.
A comissão organizadora da manifestação foi recebida pelo secretário Executivo do governo, Herbet Brito, o Buti, e pelo secretário da Administração, Geferson Barros. Eles cobravam esclarecimentos sobre como o governo está se posicionando diante do impasse com a Fundação Professor Carlos Augusto Bittencourt (Funcab).
O secretário afirmou que o Estado não tem dinheiro para pagar a Funcab e que, neste momento, não tem como passar uma posição sobre o andamento do concurso aos candidatos, já que ainda está sendo feita uma auditoria para apurar a legalidade da utilização dos recursos. Buti, disse que “por parte do estado, não há interesse em cancelar o concurso”. Mas ponderou que é necessário aguardar a apuração do Ministério Público.
Por enquanto o governo não irá entrar na Justiça para pressionar a Funcab a divulgar o resultado do concurso. Buti afirmou que “nós [governo] temos condições de resolver administrativamente”. Segundo ele, o que cabe aos candidatos nesse momento é aguardar que o estado anuncie as próximas medidas.
Candidatos temem ficar no prejuízo
Além de todo esforço para se preparar para o concurso, alguns candidatos precisaram desembolsar muito dinheiro, além do que previam. Um dos candidatos, que preferiu não se identificar por medo de ser prejudicado no andamento do certam, veio de São Paulo para fazer a prova. Ele diz que já gastou mais de R$ 3 mil ao todo. Como o resultado estava previsto para o dia 7, alguns candidatos acabaram vindo dos seus estados na expectativa de já se prepararem para a segunda etapa do concurso. “Pelos meus cálculos tive uma boa pontuação e acabei vindo para cá, já para me preparar”, disse.
Estava previsto para hoje o Teste de Aptidão Física (TAF), mas com a suspensão, os candidatos não sabem mais se devem continuar investindo. Alguns, mesmo acreditando estar entre os aprovados, cogitam desistir e temem ficar no prejuízo.
(Atualizada às 14h50)
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