Governo pagará parcelas do transporte escolar em oito parcelas a partir de março

Notícia chega para resolver gargalo de 5 parcelas atrasadas do repasse devido pelo transporte escolar. Dívida é do governo anterior, mas municípios estão na berlinda com fornecedores

Adão Francisco, secretário da Educação
Descrição: Adão Francisco, secretário da Educação Crédito: Bonifácio/T1Notícias

O governo do Estado, através da Secretaria de Educação, pagará em oito parcelas a contar do mês de março, os débitos herdados da gestão passada com os municípios tocantinenses referente ao transporte escolar.

 

A informação é do professor Adão Francisco de Oliveira ao T1 Notícias na tarde desta terça-feira, de Brasília, onde acompanha o governador Marcelo Miranda em visita ao ministro da Educação, Cid Gomes.

 

“O governo está acessível a esta necessidade dos municípios desde o primeiro momento, mas esteve limitado nestes primeiros dias do governo em razão do contingenciamento de despesas. Fizemos um esforço muito forte dentro da Seduc, para organizar nossa capacidade financeira e assim poder arcar com isto”, disse o secretário.

 

Correção de valores

Segundo o secretário são duas demandas diferenciadas: “ há um conjunto significativo de municípios que entende que é essencial o pagamento para regularizar a situação.Outros entendem que o estado deve ajustar o valor per capita/mês. Hoje o valor recomendado pelo MEC é de R$ 1,65 mas a Seduc repassa R$ 4,00 per capita, bem acima do que recomendado”.

 

“Mesmo estando acima do recomendado vamos reajustar no final destas oito parcelas, para R$ 6, 50. O que deve vigorar mesmo a partir do próximo ano”, informa o professor.

 

Exigindo correção per capita dos atrasados está Araguaína, que deixou de transportar os estudantes do estado. “Lá me parece que não é um problema técnico, mas político. É a leitura que eu faço, pois o prefeito Ronaldo Dimas está intransigente”, avalia Adão.

 

“A nossa expectativa é que Araguaína volte atrás e retome. Se ele não aceitar e nós tivermos que retomar a frota, será ruim para o estado mas é pior para o município. O Estado tem pouco mais de 500 alunos e o município mais de dois mil. O prefeito tem capacidade de entender isto. É uma proposta viável a que estamos fazendo, e dentro de um contexto que não fácil”, argumenta o secretário.

 

Entenda o caso

O governo anterior, do ex-governador Sandoval Cardoso deixou de cumprir os repasses ordinários para transporte escolar em cinco parcelas, a partir de agosto de 2014, o que gerou uma dívida de R$ 12, 5 milhões para a Seduc junto a diversos municípios tocantinenses.

 

A dívida é contraída nos municípios com fornecedores de combustível, auto-peças, borracharia, entre outros.

 

“O que o governador se preocupa é que todos os alunos tenham a oferta do transporte escolar, por que independente se é do estado ou do município todos são alunos do Tocantins”, finalizou o secretário.

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