Aécio interfere com Renata Abreu e PTN Nacional oscila entre Folha e Cinthia

Disputa aberta pelo PTN, e velada pelo PMDB devem comandar semana na política, enquanto deputados trabalham para votar Orçamento e Gaguim interfere na greve da Civil...

Em ano não eleitoral, o que menos se espera é ver o noticiário ocupado pela guerra velada ou escancarada em torno do controle de partidos, legendas. Mas foi o que se viu na semana passada em dois casos: o do PTN, partido relativamente pequeno no Estado e também no PMDB, esse gigante, no tamanho e no histórico de confusões.

Vamos falar deles.

O PTN, que já foi comandado por Júnior Luiz, foi parar sob o comando de Cínthia Ribeiro ainda nos áureos tempos de influência do senador João Ribeiro(PR), falecido anos depois. Na capital, a estratégia adotada pelo partido no passado havia garantido a eleição de vereadores. No interior, o partido com suas comissões chegou a eleger prefeito.

A expectativa da Nacional, com o partido aliado a Ribeiro, era ver eleito no Tocantins um deputado ou deputada federal. Não aconteceu. Veio a doença do senador, a derrota de Luana Ribeiro em Palmas, a quem o partido apoiava e a bancada do PTN foi reduzida.

De olho nas chances de reeleição e com medo de ter o futuro comprometido com a aliança de Cínthia Ribeiro com Ataídes, o vereador Folha vem articulando nos bastidores para assumir o comando da sigla no Estado. Ou ser liberado para buscar outra legenda onde construa chances reais de reeleição em Palmas.

Ataídes aciona Aécio

Aliado à Cinthia desde a morte do Senador, quem está dando suporte à viúva de Ribeiro na briga para manter o PTN é o senador Ataídes Oliveira. Partiu dele na semana passada insistentes ligações para a deputada federal Renata Abreu, filha do presidente da legenda, para que o partido não sofra uma mudança de comando no Estado.

Renata a princípio não atendeu Ataídes, mas teve que atender Aécio Neves(PSDB), a quem apoiou e por quem foi apoiada em São Paulo nas últimas eleições. O apelo foi claro: sentar com  Ataídes e ouvi-lo antes de tomar qualquer decisão.Ela atendeu, por mais de duas horas. 

O final do enredo é que o PTN entra a semana sem definição. Folha e Cinthia Ribeiro não chegaram a um acordo para que os dois permaneçam na legenda e o vereador a comande.

Pelo grau de influência que se nota no PTN, partido sem deputado estadual, sem deputado federal e de destino incerto no Estado, dá para imaginar o tamanho da briga que pode vir aí se o PMDB que tem governador e ministra decidir entrar numa guerra pelo comando do partido.

Pano rápido.

 A semana começa com a expectativa de aprovação do Orçamento 2015 nos próximos dias, após o acordo selado em torno do repasse para os poderes, que era o principal ponto de discórdia na Assembléia Legislativa.

O governo lida com a crise provocada pela greve da Polícia Civil - que ganha contornos políticos com a interferência do líder da bancada em Brasília, Carlos Gaguim(PMDB) – e o governador pode ter que lidar com uma comitiva de parlamentares da Frente de Segurança Pública na defesa da manutenção do realinhamento salarial, nos próximos dias.

Fecha parênteses.

De volta à política partidária...

No PMDB, a semana será de tentativa de conciliação entre os que querem tomar conta do partido no Estado, mas precisam para isto do aval da Ministra Kátia Abreu, que tem o comando da legenda, dado lá atrás pela Nacional.

Dos mais antigos peemedebistas que chegou ao poder no Tocantins, Moisés Avelino, partiram sábias palavras para resumir a ópera, na reunião de sexta: “tem que procurar a Ministra, sim. Quem enfrentou a briga e garantiu que o partido tivesse candidatos no Estado foi ela”.

Desde que Kátia e Marcelo Miranda se desentenderam no final do ano passado, num episódio que nenhum dos dois explicou - coube apenas às fontes sem nome venderem sua versão – o PMDB anda por aí em conversas de corredores, notas em blog´s  e mesa de bar. Uns defendendo conciliação, outros trabalhando para rompimento definitivo.

Ao tomar conhecimento da divergência há poucos dias, o vice-presidente Michel Temer(PMDB), teria resumido sua opinião a um interlocutor: “ninguém briga com uma Ministra forte de um Estado tão pequeno”.

Vamos ver onde o tempo e a força dos que podem mais levará PTN e PMDB.

Boa semana!

Comentários (0)