Relatório de sindicância do Igeprev aponta prejuízo de R$ 262 milhões

Jacques Silva apresentou ao governador, procuradores e imprensa, sindicância realizada no Instituto. Foi apurado prejuízo de cerca de R$ 262 mi. Responsáveis devem sofrer ações judiciais.

Jacques Silva apresentou o rombo do Igeprev
Descrição: Jacques Silva apresentou o rombo do Igeprev Crédito: Pedro Barbosa

Em sindicância apresentada pelo presidente do Instituto de Gestão Previdênciária do Tocantins (Igeprev), Jacques Silva, na tarde desta segunda-feira, 18, ao governador Marcelo Miranda, procuradores do Estado e à imprensa, no Palácio Araguaia, foi apontado que o rombo no caixa do Instituto é de R$ 262 milhões.  O relatório aponta ainda que os responsáveis são: Edson Santana Matos, Lúcio Mascarenhas Martins, Gustavo Furtado Silbernagel, Rogério Villas Boas e Francisco Flavio Sales Barbosa que segundo o presidente do órgão, devem ser responsabilizados por reparação de danos por causa de problemas de liquidez e que configuraram prejuízos aos cofres do Igeprev.

 

Jacques disse ainda que "o conselho, que na época era presidido pelo deputado Eduardo Siqueira Campos, deveria ter feito o papel de orientar sobre as aplicações. Ou o conselho se omitiu, ou foi complacente”.

 

Segundo o relatório do patrimônio avaliado atualmente em cerca de R$ 3,35 bilhões do Igeprev, cerca de R$ 2 bilhões estão em aplicações consideradas temerárias. Segundo o presidente Jacques Silva, parte do dinheiro perdido poderá ser recuperado, mas a maioria “foi perdido”.

 

Foram alvos da sindicância, as aplicações dos recursos do Fundo Previdenciário do Estado, entre os anos de 2011 e 2014. Ao dar início à reunião, o presidente do Igeprev afirmou que “tivemos que buscar [informações] em diversos compartimentos do Igeprev, do qual muitos não foram encontrados. Computadores foram limpos... quem o fez, fez ‘muito bem’”.

 

O relatório apresentado apontou que, durante o período apurado pela sindicância, aplicações mais seguras em bancos de primeira linha, como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco e Itaú, entre outros, foram substuídas por fundos de liquidez duvidosa e que tinham grandes prazos de carência.

 

Há indícios de enriquecimento ilícito, através do levantamento feito no relatório, o que será apurado pela Procuradoria-Geral do Estado. A partir de agora, com a entrega do relatório, a procuradoria irá entrar com Ações contra os envolvidos, e tentar recuperar bens perdidos.

 

Algumas medidas foram tomadas, segundo o presidente do Igeprev. “Estancamos aplicações irregulares e estamos indo atrás de outras, como indícios de que pessoas que já morreram que continuavam recebendo. Estamo fazendo todo esforço para que as aposentadorias sejam mantidas”, concluiu Jacques.

 

 

 

 

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