Estado diz que servidores mantém greve por “intransigência” e adotará medidas

Servidores aguardam pagamento de acordos para encerrar greve nos 16 hospitais do Estado. Já o governo diz que paralisação é devido demonstração de intransigência da categoria

Servidores do HGP em greve nesta 5ª
Descrição: Servidores do HGP em greve nesta 5ª Crédito: Bonifácio/T1Notícias

Completando quatro dias de paralisação nesta quinta-feira, 10, e com 16 unidades hospitalares no Estado atendendo apenas serviços de urgência e emergência, servidores da Saúde do Tocantins aguardam o pagamento dos acordos atrasados, previsto para a madrugada de sábado, 12.

 

O governo do Estado, através da Secretaria da Administração, emitiu nota no início da noite desta quarta-feira, 9, em que diz que “a categoria deflagrou movimento paredista, tendo como justificativa um atraso de sete dias de duas parcelas (julho-agosto) do adicional noturno, no valor R$ 1.314.000,00. Mais que isso, mesmo o Governo do Estado liberando pagamento imediato deste montante, como parte do acordo para o fim da greve, e o governador em exercício confirmando disposição para discutir, juntamente com a categoria e o secretário da Saúde, melhorias nas condições de trabalho, a categoria decidiu prejudicar milhares de tocantinenses que dependem do sistema público de saúde ao não retomar suas atividades normais”.

 

A Secad disse ainda que adotará todas as medidas legais cabíveis para impedir que a população seja prejudicada com a continuidade da greve, que é tão somente uma “demonstração de intransigência da categoria”.

 

Sintras rebate governo

Ao Portal T1 Notícias o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Tocantins confirmou que o Estado pagou na última segunda-feira, 7, a parcela devida dos meses de julho e agosto, mas destacou que a categoria manterá greve até que esteja nas contras dos servidores o pagamento dos acordos de adicional noturno, insalubridade, plantões extras e gratificações, que deverão ser pagos na madrugada desta sexta-feira para sábado.

 

A categoria disse que mantém a greve por não confiar nos acordos firmados com o Governo do Estado.

 

Confira na íntegra a nota do Governo do Tocantins:

 

Nota

A Secad - Secretaria da Administração reitera que melhorar as condições salariais de todos os seus servidores é uma das premissas do Governo Marcelo Miranda, mas enfatiza as sérias dificuldades vivenciadas ao longo deste ano e o esforço extremo para honrar compromissos com seus diversos quadros funcionais.

 

Muito já foi feito ao longo desde ano, sendo que uma das categorias mais beneficiadas foi a dos profissionais da Saúde. Dos R$ 33.765.445,25 herdados da gestão passada e devidos a categoria, o Governo do Estado já honrou R$ 12.653.326,91 em pagamentos parcelados dos passivos dos adicionais de insalubridade e noturno. Lembrando que o acordo firmado previa o início do pagamento em setembro, mas o Governo antecipou para maio, com o objetivo de ajudar os servidores que fizeram antecipação junto ao Banco do Brasil confiados nas promessas do governo passado.

 

Outros compromissos honrados foram a publicação e incorporação das progressões funcionais devidas até dezembro de 2014, o pagamento integral da data-base, pagamento salarial em dia, garantia de estabilidade de servidores em estágio probatório, pagamento da insalubridade em dia.

 

Mesmo assim, a categoria deflagrou movimento paredista, tendo como justificativa, um atraso de sete dias de duas parcelas (julho-agosto) do adicional noturno, no valor R$ 1.314.000,00. Mais que isso, mesmo o Governo do Estado liberando pagamento imediato deste montante, como parte do acordo para o fim da greve, e o Governador em exercício confirmando disposição para discutir, juntamente com a categoria e o secretário da Saúde melhorias nas condições de trabalho, a categoria decidiu prejudicar milhares de tocantinenses que dependem do sistema público de saúde ao não retomar suas atividades normais!

 

A Secretaria da Administração entende que diante destes fatos, não há motivação para a continuidade do movimento paredista, e por isso adotará todas as medidas legais cabíveis para impedir que a população seja prejudicada com a continuidade da greve, que é tão somente uma demonstração de intransigência da categoria.

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