Bené diz que Eduardo Siqueira recebeu propina; deputado nega e pede provas

O nome do deputado Eduardo Siqueira Campos foi citado em delação premiada de Benedito Oliveira Neto, o Bené, que revelou que pagou propina para Eduardo

Deputado estadual Eduardo Siqueira Campos
Descrição: Deputado estadual Eduardo Siqueira Campos Crédito: Foto: Dicom/AL

Foi publicado neste domingo, 5, pelo jornal Estadão a notícia de que em delação premiada, Benedito Oliveira Neto, o Bené, revelou que teria pago propina ao deputado estadual Eduardo Siqueira Campos (DEM), no período em que o pai dele, José Wilson Siqueira Campos, foi governador do Estado do Tocantins, em 2012.

 

Segundo a notícia, a propina no valor de R$ 600 mil foi para confeccionar cartilha para ações de educação no trânsito. O dinheiro, ainda de acordo com o delator, foi recebido por dois funcionários do governo à época, sendo R$ 450 mil divididos entre o diretor do Detran e o então secretário de Relações Institucionais, Eduardo Siqueira Campos.

 

Bené é investigado na Operação Acrônimo. Na mesma delação ele entregou esquema de corrupção do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel.

 

Em nota enviada ao T1 Notícias na manhã desta segunda-feira, 6, Eduardo Siqueira afirmou que cabe ao delator esclarecer e nominar o que ele mesmo diz sobre ter pago no ano de 2012, apontando “a quem pagou , até para que os supostos recebedores possam esclarecer sobre a afirmação e assim descobrirmos se alguém recebeu indevidamente qualquer vantagem e a que título”. A ssessoria do deputado também paontou que "em nenhuma dessas fases, o deputado Eduardo Siqueira Campos foi intimado nem mesmo com testemunha. Se as próprias instâncias envolvidas não o intimaram, não solicitaram qualquer esclarecimento, não o indiciaram, o deputado fica impossibilitado de se pronunciar, uma vez que a parte da delação divulgada na imprensa se refere a terceiros".

 

O deputado acusa o Estadão de não ter o ouvido, qualificando o assunto de muito sério, pois ofende sua honra e merece melhor esclarecimento e apuração. “Uma acusação assim, que ofende a honra de alguém, exige total esclarecimento e apuração e não somente uma afirmação superficial e sem apresentação dos nomes e qualquer prova", defende.

 

Ainda segundo a assessoria, "a partir de então, ficam apenas duas certezas, a condenação, investigação sobre o nome do deputado ou indiciamento que não ocorreram nem na Policia Federal, nem no Ministério Publico Federal e nem no Superior Tribunal de Justiça, porém já passam a ser condenação na mídia e nas redes sociais sem que o deputado tenha sequer tomado conhecimento do teor dos autos".

 

Confira a íntegra da nota:

Nota

Em virtude da citação do deputado Eduardo Siqueira Campos em nota divulgada pela imprensa em relação a delação de Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, esta assessoria informa o que segue:

1) A operação teve início em 2014;

2) Dela resultou encaminhamento ao MPF e STJ;

3) Em nenhuma dessas fases, o deputado Eduardo Siqueira Campos foi intimado nem mesmo com testemunha;

4) O processo corre em segredo de Justiça. Sendo autorizado apenas às partes o acesso ao processo para que apresentem suas defesas, o que não é o caso do deputado Eduardo Siqueira, que não é parte no processo, ou seja, não é acusado.

5) Já ocorreram indiciamento e pedido de investigação contra várias pessoas. Nada contra o deputado Eduardo Siqueira Campos;

6) Se as próprias instâncias envolvidas não o intimaram, não solicitaram qualquer esclarecimento, não o indiciaram,  o deputado fica impossibilitado de se pronunciar, uma vez que a parte da delação divulgada na imprensa se refere a terceiros;

7) A partir de então, ficam apenas duas certezas, a condenação, investigação sobre o nome do deputado ou indiciamento que não ocorreram nem na Policia Federal, nem no Ministério Publico Federal e nem no Superior Tribunal de Justiça, porém já passam a ser condenação na mídia e nas redes sociais sem que o deputado tenha sequer tomado conhecimento do teor dos autos.

.

Comentários (0)