Após reunião sábado, acompanhantes e servidores tem alimentação garantida no HGP

O serviço havia sido suspenso porque devido ao débito do Estado com a Litucera, os fornecedores da empresa não estão atendendo normalmente. No fim do mês haverá uma nova rodada de negociação da dívida

Refeições não estavam sendo servidas
Descrição: Refeições não estavam sendo servidas Crédito: Foto: T1 Notícias

A Secretaria Estadual da Saúde (Sesau) enviou nota ao T1 Notícias na manhã desta segunda-feira, 13, confirmando o restabelecimento do fornecimento de refeições a acompanhantes e servidores da área da saúde do Estado no Hospital Geral de Palmas (HGP). Conforme a Sesau, a alimentação foi retomada ainda no sábado, 11. As refeições estavam suspensas desde o último dia 4.

 

Segundo informações do diretor administrativo da Litucera, responsável pela limpeza e alimentação no HGP, Edison Silva, ao T1 Notícias, no sábado,11, houve uma reunião com a participação de representantes da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), Procuradoria Geral do Estado (PGE), Litucera e representantes dos fornecedores, para tratar sobre a regularização dos serviços, quando ficou garantida condição mínima para a retomada do fornecimento da alimentação. “O Estado ainda não efetuou o pagamento, mas um representante dos fornecedores também participou da reunião e eles aceitaram a promessa de pagamento nos próximos dias. Mas continuamos inadimplentes com os fornecedores”, informou o diretor.

 

De acordo com Edison, o serviço foi suspenso porque o Estado está em débito com a empresa, a qual segundo o diretor acumula uma dívida de R$ 14 milhões com seus diversos fornecedores. “Estamos devendo diversos fornecedores, porque nossas compras são feitas com o prazo de 20 dias fora o mês, sem considerar as compras vincendas dia 20 próximo e que, no entanto, ainda não estão atrasadas”, afirma o diretor da Litucera.

 

Com relação à informação de que o promotor criminal Rodrigo Barcelos e a promotora da saúde, Maria Roseli Pery estiveram no Hospital Geral de Palmas, no sábado, 11, apurando a denúncia de que os pacientes também estavam sem alimentação, a Sesau informou ainda que não houve falta de alimentação para pacientes internados nas unidades hospitalares. Ainda de acordo com a nota ficou definido para o final deste mês uma nova rodada de negociação para tratar sobre o pagamento da dívida da Sesau com a Litucera.

 

Em seis meses dívida acumula mais de R$ 24 milhões

Independente da divida que a empresa cobra do Estado, referente a serviços prestados no governo anterior, já existe um débito da atual gestão de R$ 24.206,789,97 acumulado de dezembro a maio, conforme planilha de faturamento bruto e recebimentos informada pela empresa Litucera ao T1 Notícias.

 

"Como vamos conseguir honrar nossos compromissos com os fornecedores desta forma?"questiona o empresário, diretor da empresa. Atendendo a demanda de lavanderia e alimentação conforme ela chega, a empresa teve, de dezembro a maio, o menor faturamento bruto no valor de R$ 9.201.335,10 (Nove milhões, duzentos e um mil, trezentos e trinta e cinco reais e centavos), no mês de fevereiro deste ano. Os pagamentos recebidos oscilam mensalmente entre R$ 5 milhões, em janeiro, referente ao serviço prestado em dezembro (que foi de R$ 9 milhões, 957 mil) e R$ 8.328.474,56 (Oito milhões e 328 mil) em abril deste ano. a diferença acumulada entre o serviço prestado e o recebido e que já soma mais de R$ 24 milhões.

 

Segundo Edison Silva, caso o Estado estivesse em dia com estes repasses, os compromissos com os fornecedores estariam em dia, evitando a interrupção dos serviços prestados pela empresa.

 

Confira à íntegra da nota da Sesau:

A Secretaria de Estado da Saúde informa que na manhã deste sábado, 11 de junho, foi realizada uma reunião que contou com a participação de representantes da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), Procuradoria Geral do Estado (PGE), empresa Litucera e representantes dos seus fornecedores para tratar sobre a regularização dos serviços prestados pela empresa nas unidades hospitalares geridas Estado.

 

 Durante a reunião, que ocorreu de forma serena, madura, transparente e resolutiva, ficou acordada a imediata normalização dos serviços prestados pela empresa, em respeito aos pacientes e servidores que têm direito a alimentação nos hospitais do Estado, além de um ambiente limpo, higienizado e com toda rouparia necessária para o melhor atendimento possível à população, como é o desejo do Governo do Estado.

 

Também ficou acordado que até o final deste mês de junho haverá uma nova mesa de negociação para pagamento de valores e a Secretaria de Saúde, por orientação da Procuradoria Geral, adotou todas as providências legais para o fiel cumprimento do contrato.

 

A Secretaria ressalta, ainda, que não houve falta de alimentação para pacientes internados nas unidades hospitalares.

Palmas, 13 de junho de 2016

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