Centrais alertam para danos que PLP pode causar a servidores e pedem rejeição

Centrais sindicais do Tocantins pedem que deputados rejeitem PLP 257 e alertam para medidas que devem gerar graves prejuízos às conquistas e direitos dos servidores públicos

Câmara dos Deputados
Descrição: Câmara dos Deputados Crédito: Foto: Divulgação

As centrais sindicais do Tocantins, declararam por meio de uma carta pública onde repudiam veemente o Projeto de Lei 257/2016, que segundo elas, “visa única e exclusivamente penalizar o servidor público, ao invés do Governo buscar por seus meios próprios reparar o déficit do qual ele é o único responsável”.

 

Confira abaixo a carta pública assinada pela Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central Única dos Trabalhadores (CUT-Tocantins), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores e a Nova Central Sindical de Trabalhadores no Tocantins.

 

O país passa por um momento de intensa medição de forças, fruto do atual momento político por que passa o Brasil. O presidente interino, Michel Temer, tem como prioridade de gestão impor aos trabalhadores a responsabilidade do prejuízo causado à nação pela classe política pela má gestão dos recursos públicos. A arma utilizada para tal intento é o famigerado PLP º 257/2016.

O PLP nº 257/2016 é um Projeto de Lei apresentado pelo Executivo Federal, em tramitação na Câmara dos Deputados, que propõe a renegociação das dívidas dos Estados com a União, onde estende por mais 20 anos para quitação das dívidas. Até ai, algo extremamente interessante.

Ocorre que para que tal medida aconteça, o Executivo Federal impõe como contrapartida inúmeras medidas que certamente gerarão graves prejuízos às conquistas e direitos dos servidores públicos, bem como comprometem o bom funcionamento do serviço público para toda sociedade.

Na prática, quais serão os danos que a aprovação do PLP pode trazer aos servidores públicos?

1-    Arrocho e defasagem salarial, uma vez que o PLP 257 proíbe reajustes ou adequação de remuneração a qualquer título aos servidores;

2-    Impede as progressões em planos de cargos e carreiras;

3-    Proibição dos Anuênios, Quinquênios, licença prêmio, férias e licenças em pecúnia;

4-    Aumento da alíquota previdenciária de 11% para 14% a contribuição previdenciária do servidor;

5-     Proibição de novas contratações e a nomeação de servidores já aprovados em concursos;

6-    Sobrecarga aos servidores na ativa uma vez que não haverão novos concursos;

7-     Afetação a todos os servidores públicos do poder executivo de todas as esferas (Federal, Estadual e Municipal);

8-    Desvinculação dos recursos hoje destinados  à Saúde e Educação;

O PLP 257 é extremamente danoso ao servidor e exige vigilância, pois o  momento atual é muito favorável para aprovação desse tipo de Projeto uma vez que é grande  o interesse dos governadores dos Estados para aprovação da matéria sob a justificativa de que os Estados estão falidos e os mesmos exercem forte influência nos parlamentares, o que aumenta o perigo de uma tramitação rápida.

Vale lembrar que o Atual Governador do Tocantins têm ampla base de apoio na câmara, é alinhado politicamente do Presidente Temer, e já adota atualmente práticas semelhantes no Estado, como a não concessão da Data Base, bem como não honra compromissos assumidos como pagamento de progressões, mesmo mantendo mais de 18.000 ( dezoito Mil ) contratos temporários.

Por tudo isso, as centrais sindicais do Tocantins Repudiam VEEMENTEMENTE tal projeto que visa única e exclusivamente penalizar o servidor público, ao invés do Governo buscar por seus meios próprios reparar o déficit do qual ele é o único responsável.

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