Araguaína investiga suspeita de 11 casos de microcefalia por vírus Zika

Ainda de acordo com a Cidade de Araguaína, todos os casos de microcefalia, a partir de então, estão sendo monitorados pelo município e comunicados ao Ministério da Saúde

Com o monitoramento efetivo das endemias em Araguaína, a Secretaria da Saúde da cidade, através do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), constatou a ocorrência de 11 casos de microcefalia em recém-nascidos, o que fez com que o município abrisse investigação, levando em consideração o alerta do Ministério da Saúde quanto à possível relação de casos de microcefalia ao vírus Zika.

 

Segundo informações da Secretaria, foram realizados exames de tomografia, ultrassom e de análise de líquido da medula óssea dos bebês e das mães para saber se existe uma relação com o vírus transmitido pelo mosquito da dengue, Aedes aegypti. A microcefalia é uma doença em que a cabeça e o cérebro das crianças são menores que o normal para a sua idade, influenciando o seu desenvolvimento mental.

 

Ainda de acordo com a Cidade de Araguaína, todos os casos de microcefalia, a partir de então, estão sendo monitorados pelo município e comunicados ao Ministério da Saúde, para que se estabeleça um protocolo de atuação, caso vier a ser confirmada essa correlação. Das 11 crianças com microcefalia, seis são de Araguaína e cinco de cidades da região.

 

O Município enfatiza que a população tem que participar com a limpeza de suas residências, pois de acordo com dados levantados pelo CCZ, 75% dos focos de mosquito Aedes aegypti estão em residências. Destacando que com a limpeza nos lotes, dentro das residências, diminui o número de focos e, consequentemente, o número de casos da dengue e outras doenças.

 

“Não basta apenas o poder público fazer a sua parte, a população também tem que fazer a dela, mantendo os seus quintais limpos, retirando qualquer coisa que possa acumular água”, ressaltou a responsável técnica do CCZ, Mariana Parente.

 

Casos

Recentemente, o Ministério decretou emergência no país após um surto de microcefalia no Nordeste. O número de casos notificados como suspeitos já chega a 740 em 160 cidades de nove estados. A principal suspeita é que as mães destes bebês tenham contraído o Zika na gestação. O governo federal já anunciou que vai convocar o Exército para atuar no combate ao mosquito transmissor do Zika, que também causa a dengue e a febre chikungunya.

 

primeiro caso no país de morte por Zika, doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, foi confirmado nesta sexta-feira, 27, pelo Instituto Evandro Chagas, de Belém (PA). A vítima é um homem que morava no Estado do Maranhão e sofria de lúpus, uma doença que afeta o sistema imunológico. O Ministério da Saúde informou que está analisando os resultados e se posicionará oficialmente sobre o caso na segunda-feira.

 

No Tocantins, seis casos da doença foram registrados: um em Araguaína, um em Colinas e quatro em Palmas.

 

(Com informações da Secom Araguaína)

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