Vereadores fazem denúncia de situação caótica em Colinas, mas prefeito rebate

Os vereadores de Colinas aprovaram um requerimento que solicita que o prefeito José Santana (PT) vá até a Casa de Leis prestar esclarecimentos sobre problemas no município. Prefeito rebate acusações.

Avenida do Município de Colinas do Tocantins
Descrição: Avenida do Município de Colinas do Tocantins Crédito: Foto do Leitor

A Câmara Municipal de Colinas do Tocantins aprovou, por unanimidade, nesta segunda-feira, 23, um requerimento solicitando que o prefeito José Santana (PT) preste esclarecimentos aos vereadores sobre a atual situação do município, que segundo os autores do requerimento, vereadores Junior Pacheco (PMDB), Esdras Ramos (PR) e vereadora Juci (PSD), é “caótico”.

 

De acordo com as denúncias dos parlamentares, existem funcionários da Saúde sem receber, faltam medicamentos no Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas III (CAPS AS III) e nos postos de saúde, além da falta de alimentação no Hospital Municipal de Colinas e de materiais como lençol.

 

O vereador Junior Pacheco informou ao T1 Notícias que “a cidade está suja, o mato está tomando conta de toda a Cidade, as avenidas estão intransitáveis e as obras iniciadas no município estão inacabadas”.

 

“Diante de todas as dificuldades e mazelas que estão acontecendo no município, não vimos alternativa, tivemos que solicitar que o prefeito venha esclarecer pra gente o que está acontecendo. Inclusive os vereadores que apoiam ele comentam que a situação está difícil”, pontuou Junior Pacheco ao informar que o pedido maior vem das ruas e da população.

 

Pacheco comentou, ainda, sobre um “inchaço” na folha de pagamento do município. “Hoje a Prefeitura tem 1.314 funcionários, sendo 662 efetivos, 450 contratados e 202 comissionados e o Executivo está com dois projetos mexendo na estrutura e criando mais cargos comissionados, ou seja, só dá para pagar a folha de cabos eleitorais para permanecer no poder e a cidade e o povo prejudicados”, disparou.

 

Santana responde

Diante das denúncias, o Portal T1 Notícias conversou com o prefeito José Santana, que rebateu as denúncias informando que “a gestão está trabalhando para dar a melhor qualidade de vida para a população”.

 

Segundo Santana, os funcionários que estão sem receber são os do CAPS AD III. “Nós não temos a tradição de atrasos na folha de pagamento e o que está acontecendo é no CAPS AD III, pois o serviço foi aberto em parceria com os Governos Federal e do Estado, e só vamos começar a receber a partir de abril, quando vamos regularizar”, informou.

 

De acordo com o prefeito, o Hospital Municipal funciona dentro da normalidade. “Não temos abundância, mas não falta alimentação e muito menos medicamento. Atendemos os municípios vizinhos e ainda as emergências da região inteira”, disse.

 

O prefeito informou ao T1 que do custeio de R$ 110 mil do CAPS AD III, 50% é de responsabilidade da União, 25% do Estado e os outros 25% do Município. “Hoje estamos sobrevivendo apenas com o dinheiro do município, pois o governo [do Estado] anterior não quis repactuar os custos, mas o governo do Marcelo repactuou e a partir de abril deve normalizar os repasses”, pontuou.

 

“Esse não é o hospital que nós queremos, mas é o que conseguimos fazer hoje e não aceito a acusação de quem não entende”, rebateu Santana ao destacar que o local precisa de uma reforma, mas a prioridade da gestão hoje é o atendimento.

 

Infraestrutura

Sobre os questionamentos sobre a infraestrutura, José Santana disparou que “não dá para comparar com as cidades europeias”.

 

“Fazemos o recolhimento diário do lixo, galhada e entulho todos os dias. Mas temos um problema de cultura e construir uma nova cultura de não ocupar as calçadas e entulho nos lotes, ainda vão uns 10 anos para mudar isso”, ponderou.

 

Santana também falou sobre a pavimentação asfáltica da Cidade. “Ainda temos muitas ruas por pavimentar, mas estamos correndo atrás para que seja feito e não conheço nenhuma cidade do Tocantins que tenha todas as ruas asfaltadas”, destacou.

 

Estrutura organizacional

O prefeito confirmou que está reorganizando a estrutura organizacional do município. “Estamos readequando de acordo com a necessidade. Criando a Fundação Municipal de Cultura, Secretaria de Habitação, pois está vinculada à Obras e a ação precisa ter autonomia. Em alguns lugares criei uma diretoria ou uma diretoria executiva que tem autonomia administrativa”.

 

De acordo com Santana, os cargos comissionados foram criados em 2010 e precisavam de um reajuste, por isso foi necessário reorganizar os valores além da estrutura organizacional, que conta hoje com nove Secretarias e seis diretorias que tem status de secretaria.

 

Segundo as informações do Prefeito, o impacto da readequação vai ser de R$ 20 a 30 mil em uma folha que hoje é de R$ 2,2 milhões.

 

(Atualizada às 18h10 com correção)

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