Áudio com ameaça de capitão à Amastha e equipe gera notificação ao Comando da PM

Secretário Francisco Viana protocolou um documento no comando da Polícia Militar cobrando providências sobre áudio que seria de capitão da PM com ameaças ao prefeito Amastha e sua equipe

Sede do Comando Geral da PM em Palmas
Descrição: Sede do Comando Geral da PM em Palmas Crédito: Divulgação

O secretário de Segurança Pública de Palmas, Francisco Viana, protocolou nesta segunda-feira, 13, uma representação no Comando da Polícia Militar (PM), cobrando providências sobre um áudio de cerca de 3 minutos de duração, na qual alguém que se identifica como Capitão da PM e faz ameaças de perseguição e tortura ao prefeito Carlos Amastha e à sua equipe.

 

Por se tratar de um assunto institucional, o caso foi repassado ao secretário de Segurança Pública do município, que a partir de então, tomou as providências necessárias para informar a situação ao Comando Geral da PM, para apurar o conteúdo do áudio e se realmente a pessoa que proferiu as ameaças faz parte da corporação.

 

O áudio está circulando por meio do aplicativo de mensagens whatsapp, e teria sido gravado na semana passada, na véspera da passagem da Tocha Olímpica por Palmas, em que um homem que se identifica como capitão da Polícia Militar, faz ameaças ao prefeito Carlos Amastha e à sua equipe, afirmando que começaria um “toque de recolher na cidade”.

 

Portal T1 Notícias teve acesso ao áudio no qual o militar se direciona a um grupo e diz que “o prefeito Amastha é expert né, comandar a sociedade, comandar Palmas por face, por Twitter, por redes social. Aí os cara quer usar justamente a ferramenta que o patrão deles tá ensinando eles né”.

 

Ameaças

O militar continua com as críticas e afirma: “Esse cabra parece que ele não norte, que ele não tem rumo na vida não né. Ele só pensa em fazer maldade, molecagem, pilantragem... e dentro de Palmas não tem espaço pra pilantra não, porque essa farrinha deles vai acabar. Eles não vão ganhar eleição na tora, ou ganhar eleição em rede social não... A eleição se ganha conquistando votos...”, se referindo a uma pessoa que segundo ele faz parte da equipe de Amastha.

 

“Vamos dar um toque de recolher pra todo esse povo do Amastha, vamo quebrar eles tudo no cacete. Vai ser na espoleta, no spray de pimenta, no que for necessário... Inclusive os que são palmenses, que aderiram esse grupo de vagabundos vão tomar a mesma lição, do mesmo jeitinho. Então que façam blindagem nas costas, porque a partir do mês e agosto, inicia a campanha”, afirma o militar que diz ainda que é pré-candidato.

 

As ameaças continuam: “Nós vamos baixar um toque de recolher para esses vagabundos, vai ter muita peia para esse vagabundos em cima da serra, dentro do lago. A barriga deles não cabe a água desse lago. Então, a partir desse momento que iniciar as eleições, eu na condição de pré-candidato também, nós vamos baixar um toque de recolher para essa galera do Amastha. Vamos quebrar eles tudo no cacete...”. Dizendo ainda que “vamos ver se a carcaça deles aguenta ficar em cima da serra pra virar comida de abutre”.

 

Nota de esclarecimento

Mesmo tendo seu nome preservado e não citado nesta matéria, o capitão Edivardes Gomes de Souza procurou o T1 Notícias na manhã desta quarta-feira, 15, e enviou nota de esclarecimento em resposta às informações veiculadas, esclarecendo que o conteúdo do áudio divulgado “trata-se tão somente de um diálogo entre este capitão e um grupo de amigos, onde no momento das discussões, houve divergência de ideologias políticas, referente à gestão municipal”.

 

“Ressalto que em o todo tempo, as referidas discussões se davam em caráter genérico, ou seja, em nenhum momento, direcionamos quaisquer tipos de ameaças à pessoa do prefeito de Palmas, Carlos Amastha. O que houve na verdade foi à utilização de jargões comumente utilizados em nosso meio. Desse modo, direcionamos ‘para alguns colegas do grupo’ as palavras que, eventualmente, após terem sido vazadas, foram mal interpretadas", afirma o capitão.

 

"Habitualmente, discutimos a política em todos os âmbitos de forma acalorada aonde dentro desses grupos os colegas, cada um à sua maneira, expressam suas opiniões sobre a conjuntura política municipal. Em outras oportunidades, áudios semelhantes foram produzidos de parte a parte, entre os grupos, contudo nunca houve disseminação de informações. Um processo eleitoral se aproxima, e as discussões, naturalmente, tendem a se aquecer", diz.

 

"Reitero mais uma vez, e peço em público as minhas escusas, à cerca desse fato, ressaltando inclusive que, ainda na data de ontem, conversei com o secretário municipal de Segurança Pública, Francisco Viana Cruz, bem como com um assessor pessoal do prefeito Carlos Amastha. Na oportunidade, os fatos foram esclarecidos entre as partes. Por fim, peço desculpas por meio desse veículo de comunicação, pelas palavras e ‘jargões’ por mim proferidos, de forma descabida, (fato que culminou com entendimento diverso) daquilo que era a real intenção deste Capitão", finaliza Edivardes Gomes de Souza.

 

(Atualizada às 11h09 de 15 de junho de 2016)

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