Ataídes é vaiado em palanque após falar sobre Martinha com termos pejorativos

No último sábado, 24, o senador Ataídes de Oliveira foi vaiado em Natividade após chamar a candidata à prefeita Martinha de "mulherzinha". O senador participava de comício do candidato Arthur Ribeiro

Martinha é candidata a prefeita em Natividade
Descrição: Martinha é candidata a prefeita em Natividade Crédito: Foto: Facebook

Em comício do candidato a prefeito de Natividade, Arthur Ribeiro, realizado no último sábado, 24, eleitores vaiaram o senador Ataídes de Oliveira após o parlamentar fazer críticas e chamar a candidata de oposição, Professora Martinha (PTN), de maneira pejorativa, referindo a ela como “mulherzinha”. Ao T1 Notícias a candidata afirmou que a atitude do senador foi machista e destacou que as afirmações feitas pelo senador não correspondem à realidade. Ainda segundo as informações, após as declarações, Ataídes saiu escoltado do local.

 

“Foi uma atitude machista. Sou pequena no tamanho, mas uma grande mulher em ações. O senador não me conhece, por isso falou estas coisas”, afirmou a candidata. Ainda de acordo com Martinha, o senador teria afirmado que ela não teria capacidade para administrar Natividade. “O senador disse que ‘esta mulherzinha não teve capacidade de administrar uma escola, não vai dar conta de administrar uma prefeitura’. Alguns dos meus eleitores que estavam lá, o vaiaram. Pediram para apresentar propostas e não ficar falando mal dos outros candidatos”, informou a candidata.

 

Martinha apontou que vem liderando as pesquisas na cidade e acredita que por essa razão tem incomodado seus adversários políticos. “Natividade tem 282 anos e nunca teve uma mulher como prefeita. É uma cidade machista, acham que mulher não pode ser prefeita. Estão preocupados porque desde abril estou em primeiro lugar nas pesquisas. Estou fazendo uma campanha sem dinheiro e isso está incomodando eles”, ressaltou Martinha.

 

Candidato nega

Ao T1 Notícias o candidato a prefeito Arthur Ribeiro disse que o senador em nenhum momento ofendeu a Professora Martinha. “Em nenhum momento o senador difamou a professora Martinha. Ele usou palavras no diminutivo no bom sentido. Falou que ela era uma boa pessoa, mas que não podia votar na pessoa só porque ela era ‘carinhosinha’ ou ‘boazinha’, mas em alguém preparado”, afirmou.

 

Ainda segundo o candidato, dois coordenadores da campanha da professora estavam no comício e foram os responsáveis pela confusão. “O senador disse que não poderia votar pela emoção e eles se sentiram ofendidos. Depois, na hora de sair do palco, os dois que estavam no comício e se intitulam como coordenadores da outra candidata, quiseram ameaçar e agredir o senador. Achei isso um absurdo”, explicou o Arthur Ribeiro.

 

Respondendo ao adversário, Martinha negou que sua coordenação estivesse envolvida em qualquer situação de ofensa ao senador. “Em nenhum momento foram coordenadores. Meus eleitores que estavam lá e se manifestaram. Também não houve ameaças ou agressões”, destacou a candidata.

 

Ataídes responde

Em nota enviada ao T1, o senador Ataídes afirmou que “gostaria de esclarecer que quando me refiro a concorrentes  de nossos candidatos, tanto no interior ou na capital, faço exclusivamente sobre questões relativas a gestão, experiência ou capacidade administrativa. Ataques pessoais não são do meu feitio”.

 

Ainda segundo o senador, o que ocorreu no dia, especificamente, “foi que dois militantes de nossa concorrente estiveram no comício do nosso candidato Artur Ribeiro para tumultuar o ambiente, ofendendo a todos. Inclusive, em meu discurso, fiz questão de ressaltar que a concorrente  ‘pode ser uma boa pessoa, uma boa professora, uma boa amiga, mas o Artur é mais preparado e competente para administrar uma cidade de 282 anos que está parada no tempo’”.

 

Ataídes finaliza a nota dizendo que “reforço que não houve atos de violência e que, ao final do evento, deixei o local sem problema algum a caminho de outro compromisso partidário. Finalizo ressaltando que, caso tenha ocorrido excesso de minha parte, peço desculpas, mas reafirmo que a administração pública precisa de gente competente e não de gente só com bom coração”. 

 

(Atualizada às 13h47)
 

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