Chefe, me dei um aumento!

Lá em casa, onde o dinheiro é curto e não dá para realizar todos os sonhos ao mesmo tempo, é preciso fazer as contas, não dá para gastar mais do que ganhamos.

 

E eu não consigo simplesmente chegar no meu chefe e dizer: “Chefe, estou gastando mais do que ganho atualmente, e vou aumentar meu salário, para conseguir honrar meus compromissos”.

 

Tenho que reduzir custos, fazer escolhas, redefinir prioridades e ser duro para não ficar doente com dívidas que facilmente se acumulam.

 

Mas no mundo maravilhoso da gestão pública brasileira, gasta-se mais que se arrecada, não há pensamento de ajuste. Para o governo, diferente dos indivíduos, gastar mais que receber é regra. Triste cenário que vem desencadeando salários parcelados e atrasados, fornecedores mendigando para receber pelo serviço prestado, depois de anos, e serviços públicos de péssima qualidade.

 

E isto não é uma crítica partidária, é um cenário que se instalou na máquina pública, na qual a maioria dos que assumem mandatos e as equipes de 1º escalão tem o discurso ensaiado, e real da: falta de dinheiro para investir, para computador, para mesa, para cadeira, para tudo.

 

Aumentar arrecadação, por meio da retirada de incentivos ao setor produtivo, e o pior, criação e recriação de impostos, é o tipo de saída, que demonstra tamanha visão distorcida da realidade. Estas soluções só me lembram o Hommer Simpson: “a culpa é minha e coloco ela em quem quiser ”.

 

 É preciso enfrentar de frente o problema para encontrar a saída. Soluções amenas e que dificultam a vida de quem trabalha, estão nos conduzindo a um buraco cada vez mais fundo.

 

Escolher focos prioritários, reduzir a máquina pública, incentivar a produtividade. É preciso CORAGEM, para mudar.

 

Margaret Thatcher na Inglaterra de 1980, ficou conhecida como a dama de ferro, teve a coragem de enfrentar uma crise política e econômica. Naquele cenário, exerceu o difícil papel político de agir com seriedade e como dona de casa, enfrentar grupos dominantes, cortar custos e fazer as pessoas acreditarem que era possível vencer, sair do buraco.

 

Hoje nossos governos precisam assumir o papel de Thatcher: fazer o que precisa ser feito! Com coragem para sangrar. Não podemos aceitar mais impostos, com serviços ruins, com tanta corrupção, com tanta má gestão do recurso público.

 

Tomara que vejamos mudanças bruscas em breve!!

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