Comunicado Público, 30 anos de atraso

Em artigo o autor discute as ferramentas de comunicação

O Brasil aproxima dos 300 milhões de celulares e aqui no Tocantins já somos quase 2 milhões, com aparelhos com muitas funções e possibilidades, com internet a tantos centavos por dia, Facebook, Twitter e o tal do WhatsApp, estamos todos sabendo e compartilhando as notícias tão rápido que, as vezes, é difícil até participar.

 

Mas mesmo com tantas ferramentas de comunicação, de uso gratuito, a gestão pública parece não compreender que pode evoluir a maneira de lidar com os importantes debates sociais e interagir com agilidade com a sociedade. A Lógica do público parece que quanto mais difícil de entender melhor o resultado.

 

Na campanha política, a comunicação e o marketing são exauridos para compreender anseios, desenvolver discursos, modelar posturas e vestimentas, definir aliados e adversários. E o que vemos, é um desenrolar ativo, não só na TV, mas principalmente nas redes sociais, de desenhos lindos, cenários e trilhas sonoras impecáveis que conquistam e motivam a defesa de políticos, com ou sem projetos, mas sempre muito argumentos.

 

Já no exercício do mandato,  a comunicação começa a ocorrer com os tais parâmetros legais da gestão pública, de 30 anos atrás, sem atrativos, sem conquistas, sem trilhas sonoras. Em que a promoção pessoal e de realizações “por vezes” desatinadas , são a base do que entende-se como excelência em comunicar, e as possibilidades (reais) ignoradas.

 

Um bom exemplo desta tal comunicação institucional pública é a divulgação ao mercado/às empresas de que um ente público quer comprar e precisa de algum produto ou serviço, a tal publicação de um edital, que tem por “obrigação”, estar em jornal de grande circulação e no diário oficial.

 

Em tempos de apps para tudo, saber o que é diário oficial e ler jornal “impresso”, é para poucos, bem poucos. Mas não é só a simples capacidade de ignorar e não usar o que já existe para facilitar o acesso. Quem já viu sabe que um anúncio de licitação é feio, nada atrativo, por vezes complicado, e desinteressante.

 

Quem quer a melhor oferta, o melhor negócio, tem que trabalhar mais, melhorar sua comunicação, compreender os anseios dos interessados, modelar a embalagem, construir atrativos, mas por enquanto, pela nossa “visão legal”, isto, ainda é para campanha, para gestão pública, por enquanto, não. 

 

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