Fraca? Jamais!

Em artigo de opinião, o jornalista comenta o Dia da Mulher, comemorado em 8 de março, e a pouca participação feminina da política no Tocantins

As lutas pelos direitos geralmente são marcadas por grandes dificuldades por parte daqueles que procuram a garantia desses direitos que, em sua maioria, já estão garantidos seja na Constituição Federal, seja em leis auxiliares, como a Lei Maria da Penha.

 

O dia 08 de março se aproxima e é claro e evidente, para quem quiser enxergar, que a luta das mulheres continua em um patamar que diuturnamente esbarra em barreiras impostas pelos grilhões do preconceito, da intolerância e da falta de vontade.

 

Em um primeiro momento gostaria de fazer um convite à leitora ou ao leitor para conhecer melhor o porquê de se comemorar o “8 de março”, Dia Internacional da Mulher. Você sabe o por quê?

 

Pois bem, neste mesmo dia, oito de março, só que do ano de 1857, operárias de uma fábrica de Nova Iorque nos Estados Unidos, fizeram uma grande greve para reivindicar seus direitos de trabalhadoras. Elas chegavam a trabalhar mais de 16 horas por dia, recebiam salários muito inferiores aos dos homens e por serem mulheres eram tratadas de forma desrespeitosa no ambiente de trabalho.

 

Grifo para forma desrespeitosa. Imagine só uma mulher em meados do século XIX como era tratada, tendo como parâmetro o que vemos por ai ainda nos dias atuais, dá para imaginar não é mesmo?

 

Pois bem, voltando ao motivo do “8 de março”, naquele ano, 1857, durante a manifestação as mulheres foram trancadas dentro da fábrica que foi incendiada. Pasmem, cerca de 130 mulheres morreram carbonizadas naquele dia.

 

Voltando ao presente, não sei se você sabe, mas o Brasil é hoje o sétimo país no ranking de mortes violentas de mulheres no mundo. O Tocantins, por sua vez, amarga o 12º lugar entre os Estados brasileiros. Porém, Palmas, de acordo com o mapa da violência, é a capital com menor índice de homicídios no Brasil. Exemplo a ser seguido por vários outros entes da Federação.

 

Hoje a Câmara de Vereadores de Palmas não conta com a presença de nenhuma mulher e na Assembleia Legislativa, das 24 cadeiras existentes, apenas três são ocupadas por mulheres.

 

Mas em compensação é perceptível que a cada dia mais mulheres percebem que podem conquistar e conquistam o seu lugar ao sol. Mais mulheres estão se apoderando dos seus direitos políticos e sociais. Mais mulheres ocupam espaços antes jamais sonhados que poderiam ocupar, como os canteiros de obras e até a presidência da República. Mais mulheres se tornam arrimo de família. Mais mulheres percebem que a sua capacidade de lutar é imensa e que a força física de um homem jamais poderá abalar a sua capacidade de ser forte e ser doce ao mesmo tempo. Fraca? Jamais!

 

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