Comércio fecha as portas no TO; em Palmas protesto é levado à AL e ao Palácio

Palmas, Gurupi, Araguaína e Guaraí tiveram comércio fechado na tarde desta quarta-feira. Na Capital, cerca de mil pessoas protestaram contra o aumento de impostos na Assembleia e Palácio

Manifestantes lotam o Palácio Araguaia, em Palmas
Descrição: Manifestantes lotam o Palácio Araguaia, em Palmas Crédito: Rafael Rodrigues/T1

Na tarde desta quarta-feira, 21, como o T1 Notícias havia antecipado, comerciantes fecharam as portas e saíram às ruas em protesto contra as medidas do governo do Estado que aumentou a carga tributária no Tocantins. Em Araguaína, os comerciantes fizeram uma marcha saindo da Praça das Bandeiras em direção à Praça do Galo, no setor entrocamento, pela Avenida Cônego João Lima, com apoio da Associação Comercial e Industrial (Aciara). Em Gurupi, foi realizada uma carreata pelas principais ruas da cidade. Já em Guaraí o centro da cidade foi tomado por manifestantes com faixas e cartazes.

 

Em Palmas, mais de mil pessoas se reuniram na Praça dos Girassóis para manifestar contra o pacote de medidas do governo do Estado que aumentou a carga tributária no Tocantins, aprovado no dia 29 de setembro pela maioria dos parlamentares. Cerca de 300 pessoas entraram na Assembleia Legislativa durante a sessão ordinária desta tarde, com o objetivo de apresentar um documento que pede a revogação das medidas do Governo. Não sendo ouvidos, um grupo menor de manifestantes chegou a tentar forçar a porta de entrada para o plenário.

 

Pressionado por deputados que votaram contra a medida do governo, o presidente da Casa, deputado Osires Damaso, permitiu a entrada de alguns líderes do movimento no plenário, mas encerrou a sessão logo em seguida enquanto Eli Borges e Eduardo Siqueira Campos se pronunciavam à favor dos manifestantes.

 

O deputado Eli Borges, que usava a tribuna no início da manifestação, declarou seu apoio ao movimento e disse que não teve a oportunidade de votar na Comissão que deu parecer favorável, por não fazer parte da comissão, mas que deixou claro, desde o início, que era contra o aumento de impostos. Já Eduardo Siqueira Campos, que votou contra o pacote de medidas, usando como exemplo o evento da manifestação nacional que lutou contra o aumento das passagens de ônibus coletivos em 2014, disse que a manifestação dos comerciantes do Tocantins é por um motivo mais nobre e se colocou a favor da categoria.

 

Às 16h25 a sessão foi encerrada por Damaso. Representantes de 28 classes empresariais e industriais entraram no gabinete do deputado para entregar um documento com as reinvindicações da categoria, pedindo a revogação do pacote de medidas que aumentam os impostos no Estado, mas foram recebidos apenas por uma assessora do deputado, que teria informado que o momento seria inoportuno e que posteriormente o parlamentar chamaria os representantes para uma reunião. O documento com as reivindicações foi protocolado na Casa.

 

Da Assembleia os manifestantes seguiram ao Palácio Araguaia, na Praça dos Girassóis, onde lotaram o local. Os representantes de classe conseguiram entrar na Casa Civil e foram recebidos pelo secretário-geral Télio Leão Ayres, para quem entregaram o mesmo documento protocolado na Assembleia, pedindo a total revogação do pacote de aumento de tributos e a volta do funcionamento do portal da transparência. Télio informou aos manifestantes que Marcelo Miranda cumpre agenda no interior e que o documento será entregue ao governador.

 

A manifestação na Capital acabou por volta das 17h30, mas os representantes disseram que vão aguardar um posicionamento do governador Marcelo Miranda nos próximos dias. Outra manifestação está marcada para a próxima sexta-feira pela manhã, onde empresários reivindicarão mudanças no sistema do estacionamento rotativo.

 

Atualizada às 18h21, de 21/10

 

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