Documentos apontam situação precária e inadequada no Cetas de Araguaína

Sob investigação do MPE, o Cetas estaria sem estrutura para manter os animais silvestres resgatados. Conforme documentos apresentados, não haveria veterinários ou biólogos no local

Animais estariam alojados de forma inadequada
Descrição: Animais estariam alojados de forma inadequada Crédito: Especial/T1

O Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) de Araguaína, que está localizado na sede do 2º Pelotão da Companhia Independente de Polícia Militar Rodoviária Ambiental do Tocantins (Cipra), é alvo de investigações do Ministério Público Estadual (MPE) por suspeitas de estar funcionando de forma irregular e descumprir o Termo de Cooperação Técnica com o Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins).

 

O T1 Notícias teve acesso a uma série de documentos, dentre ofícios, memorandos, relatórios técnicos de visita e de inspeção, datados de 2014 e 2015, que relatam que o local estaria sem condições para receber os animais silvestres que são resgatados por meio de fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) ou que chegam até lá por meio de entrega voluntária. O Portal também obteve informações de que o Cetas estaria descumprindo exigências do Ibama, com falta de estrutura para receber e manter os animais que são levados para o local.

 

Além da deficiência na estrutura, as denúncias também relatam que o Cetas não estaria com equipe suficiente e capacitada para tratar dos animais, não havendo sequer um médico veterinário e um biólogo. Somente três funcionários estariam fazendo o recebimento, triagem, alimentação dos animais e limpeza do recinto. A falta de profissionais estaria acarretando sobrecarga dos mesmos e tratamento inadequado aos animais.

 

Em ofício enviado ao presidente do Naturatins no dia 3 de fevereiro deste ano, o gerente de Biodiversidade de Áreas Protegidas, Maurício José Alexandre de Araújo, solicita providências urgentes para os problemas e confirma a ausência de médico veterinário e biólogo.

 

Animais em situação crítica

Conforme levantado nos documentos, os animais estavam sendo mantidos trancados em pequenos espaços, inclusive sem distinção de espécies. Imagens às quais o T1 Notícias teve acesso mostram aves e mamíferos no mesmo recinto.

 

A falta de médico veterinário estaria agravando a situação dos animais que necessitam e estavam deixando de receber medicação. Já a falta de biólogos estaria ocasionando a acomodação inadequada dos bichos, sendo que eles estariam sendo amontoados no local porque somente esse profissional estaria apto para atestar se eles estão em condições para a soltura.

 

O outro lado

O T1 Notícias procurou o Naturatins e você pode conferir as respostas no arquivo anexo abaixo ou nesta matéria.

 

 

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