Família de estudante morto em Gurupi volta a cobrar julgamento de Fábio Pisoni

No próximo dia 8 deste mês completam nove anos da morte de Vinícius Duarte, o “Catalão”. O estudante foi assassinado aos 21 anos, em Gurupi

Vinícius tinha 21 anos quando foi morto
Descrição: Vinícius tinha 21 anos quando foi morto Crédito: Foto: Facebook

O assassinato do estudante Vinícius Duarte de Oliveira, atingido pelo suspeito Fábio Pisoni (foto) em Gurupi, após suposto desentendimento em uma boate, em 2007, completará nove anos sem julgamento. Pisoni foi indiciado por disparar seis tiros com uma pistola automática contra um veículo Gol, em que estavam seis estudantes de Agronomia. Dentro do carro, Vinícius foi atingido por dois tiros, sendo um deles no coração. Em entrevista ao T1 Notícias, a mãe de Vinícius, Solange Duarte, reforçou o pedido para que o julgamento seja realizado. “Dia 13 de novembro era pra acontecer o julgamento e foi novamente foi adiado. Enquanto isso, ele (Pisoni) estava em um show em Brasília”, disse.

 

Solange contou ainda que não sabe mais o que esperar da Justiça diante do caso. “Acho que a justiça é muito conivente pela influência da família. É muito difícil vê-lo solto, se divertindo, quando ele tirou esse direito do meu filho, que morreu inocente, por causa de um capricho”, criticou a mãe.

 

A família da vítima publicou um post no Facebook lembrando que esta semana serão nove anos desde a morte de Vinícius e refez apelo por justiça. “Olá eu me chamo Vinícius Duarte de Oliveira, o ‘Catalão’, nasci no dia 01/01/1986 em Catalão (GO). No dia 08/12/2007, em Gurupi, cidade onde eu escolhi para cursar agronomia, eu fui brutalmente assassinado com 2 tiros. Não foi dado a mim o direito de defesa, eu estava com apenas 21 anos de idade.  Hoje os meus amigos e familiares querem uma resposta do poder judiciário. Depois de 9 anos sem uma resposta, o culpado está solto, e minha mãe e os meus amigos não tem nenhuma resposta, e a saudade a cada dia aumenta. No dia 01/01/2017 eu estaria completando 31 anos, mas esse meu direito de comemorar com os meus amigos e familiares foi tirado. Minha família e os meus amigos querem justiça”.

 

Solange Duarte também lamentou a ausência do filho em sua página pessoal no Facebook. “Me faltam as palavras nesse momento. As lágrimas e a dor não me permitem falar, mas agradeço a vocês pelo carinho com meu filhote”.

 

Relembre o caso

Ainda em 2007, passado o prazo do flagrante, Pisoni se apresentou à Polícia e foi liberado. Depois ele chegou a ser preso e foi novamente liberado por decisão do Tribunal de Justiça do Tocantins. Fábio Pisoni ficou cinco anos foragido. Em 2012 ele foi identificado durante uma blitz realizada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na BR-153, no km 99 do município de José Bonifácio (SP) e preso. Fábio foi preso em 11 de dezembro de 2012 e foi liberado no dia 18 de julho de 2015. Pisoni foi indiciado por homicídio triplamente qualificado e porte ilegal de arma de fogo. No momento, ele aguarda julgamento em liberdade. O julgamento já foi adiado por várias vezes.

 

Durante interrogatório feito pela polícia, Fábio Pisoni disse que não conhecia a vítima, que não o viu na festa e que no dia do crime teria feito de tudo para não entrar em confusão, que iniciou em uma festa organizada por acadêmicos do curso da Agronomia da UFT e terminou em frente ao bar onde aconteceu o homicídio.

 

Fábio alegou que depois de acompanhar duas moças até as suas casas, passou em frente ao bar e uma pessoa teria jogado algo em seu carro. Ele afirma que quando parou o veículo e desceu, o carro de Vinicius, com seis estudantes, teria se aproximado do dele, ocasião em que ele afirmou se sentir ameaçado, fazendo com que ele voltasse até seu carro e pegasse a pistola, com a qual fez os disparos, segundo ele em legítima defesa, com  a intenção de “atingir o capô do carro”.

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