Governo defende aumento de impostos e diz que medida vai beneficiar a população

O secretário Chefe da Casa Civil, Télio Leão Ayres, disse ao T1 que o pacote de medidas do Governo do Estado é necessário para equilibrar contas públicas e não descartou enxugamento da máquina.

Télio Ayres defende aumento de impostos
Descrição: Télio Ayres defende aumento de impostos Crédito: Secom/TO

Em entrevista concedida ao T1 Notícias após a aprovação na Assembleia Legislativa do pacote de medidas que aumentam impostos no Estado, o secretário-chefe da Casa Civil, Télio Leão Ayres, explicou que a expectativa do governo era de arrecadar cerca de R$ 220 milhões com as medidas, porém com a aprovação de emendas apresentadas pelos deputados, dentre elas as que tiraram de pauta criação de tarifas como da Taxa de Incêndio e aumento da energia elétrica, o Estado deverá arrecadar cerca de R$ 160 milhões.

 

De acordo com Télio Ayres, a aprovação das medidas é fundamental para a retomada do crescimento do Estado e toda arrecadação será devolvida à população como forma de benefícios em diversas áreas. “As medidas apresentadas na Assembleia Legislativa são projetos de Lei que visam realizar o ajuste fiscal, no sentido de ter o equilíbrio nas contas públicas, para que o governo possa voltar a investir em ações voltadas para a própria sociedade”.

 

“Com o aumento da arrecadação, nós teremos mais recursos para investimentos que serão destinados a obras estruturantes, na recuperação da malha viária, nas ações na área da educação, na saúde, que vem enfrentando sérias dificuldades. Então, acredito que a sociedade sai ganhando, apesar do aumento da carga tributária, não é o que o governador procurava, mas infelizmente nós fomos compelidos a isso”, explicou o secretário-chefe da Casa Civil.

 

Enxugamento da máquina

Questionado sobre um possível enxugamento da máquina, com a possibilidade de fusão ou extinção de pastas, Télio Ayres disse que uma importante reforma foi feita em janeiro, quando a gestão assumiu o Palácio e tinha uma estrutura administrativa pesada. “Em janeiro nós fizemos a redução que nos foi possível, agora no segundo semestre nós estamos elaborando estudo, no sentido de ver se ainda é possível enxugar a estrutura, porque não podemos diminuir a estrutura engessando a máquina, porque aí se foge do princípio da economicidade”, pontuou.

 

O secretário disse ainda que o governo está buscando equilíbrio para que o Tocantins volte a crescer. “Quanto a reduzir as pastas, tem sim a possibilidade, mas ainda estamos na fase de estudo, porque nós já fizemos esse enxugamento lá em janeiro. Nós herdamos da gestão anterior 60 unidades administrativas e nós reduzimos para 44, então reduzir para um número abaixo disso pode gerar o engessamento da máquina”.

 

Geração de emprego e renda

Com relação à matéria publicada pelo T1 na terça-feira, em que representantes de classes empresariais e industriais buscaram os deputados para reivindicar contra o pacote do governo e afirmar que as medidas podem prejudicar o setor e diminuir a oferta de empregos, Télio Ayres disse que o governo tem um posicionamento diferente. “Esse aumento na carga tributária impacta certamente o empresariado, mas não de uma forma que seja impossível ele continuar com suas atividades. Na verdade o Estado está buscando adequar as alíquotas ao que era anteriormente, tirando isenções que foram concedidas e o governo e a sociedade não podem pagar o preço de ter um Estado parado”, finalizou o secretário-chefe da Casa Civil.

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