Grupo Jaime Câmara demite 14 e Sindijor emite nota em apoio aos profissionais

O Sindicado dos Jornalistas se manifesta sobre demissão de 14 profissionais do GJC. Sindjor lamentou as demissões e colocou a assessoria jurídica à disposição

O Grupo Jaime Câmara (GJC) demitiu 14 profissionais desde o início de 2016 em Palmas.  Em solidariedade o Sindicato dos Jornalistas do Estado do Tocantins emitiu nota lamentando as demissões e considerou que as mesmas foram feitas de “forma abrupta”.

 

 O Sindjor informou ainda que possui equipe para prestar a assessoria e orientação jurídica aos jornalistas sindicalizados dispensados.

 

As demissões afetaram diversos setores da empresa, como a redação de jornalismo, reportagem, fotografia, edição, produção e cinegrafia do jornal do Tocantins e TV Anhanguera.

 

Dentre os profissionais desligados, a jornalista Cecília Santos afirmou que “por muito tempo escutamos que a empresa estava passando por dificuldades financeiras e que as demissões poderiam acontecer” e que a justificativa dada a ela foi corte de gastos.

 

 A jornalista, no entanto, considerou que as demissões podem comprometer a qualidade do conteúdo jornalístico e ainda sobrecarregar os profissionais que ficam, com funções acumuladas.

 

Falta de critérios

Já o jornalista Adenauer Cunha, que também foi demitido, afirmou que na maioria dos casos houve falta de critérios para as demissões. “A seleção parece ter sido arbitrária e a empresa não ofereceu um programa de demissão voluntária, haja visto que muitos profissionais já haviam manifestado interesse em se desligar da empresa”, afirmou Cunha.

 

 O jornalista Marcelo Santos Cardoso, ex-subeditor do Jornal do TocanTins se pronunciou sobre seu desligamento da empresa, por meio de um texto no facebook, afirmando que, durante os 22 anos em que esteve na edição do Jornal do Tocantins, se sentiu realizado. No depoimento ele afirma que “muitas vezes me realizei nesses 22 anos de Jornal do Tocantins, encerrados ontem, numa redação minguada e pálida, sob a nublada e quente capital do Cerrado”.

 

O T1 solicitou ao Grupo Jaime Câmara a posição oficial da empresa das demissões realizadas, mas até o fechamento da matéria não recebemos nenhuma resposta. O espaço continua em aberto.

 

Confira a nota do Sindjor na íntegra:

O Sindjor lamenta as demissões de jornalistas ocorridas no Grupo Jaime Câmara (GJC), ao tempo em que se solidariza com os profissionais que foram dispensados de suas funções de forma abrupta.

 

Considerando que a atual conjuntura econômica do país faça com que as empresas de comunicação repassem seus processos e custos muitas vezes para o trabalhador, há de se analisar que a saída para o caso muitas vezes não está na dispensa em si de profissionais. O Sindicato além de lamentar o fato inusitado, 14 demissões em sua maioria neste início de ano, considera que poderia ter havido uma alternativa para encontrar uma melhor via de solução para o problema.

 

Aos colegas jornalistas sindicalizados dispensados que necessitarem de assistência jurídica, informamos que o SindjorTO possui equipe para prestar a devida assessoria e orientação.

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