Internada no HGP, Sophia precisa de doador de medula óssea: família faz apelo

Sophia tem leucemia e luta contra a doença há três anos. Hoje ela está internada no HGP e precisa de um doador de medula óssea para fazer o transplante. Para o teste basta procurar o Hemocentro.

Sophia precisa de doador de medula óssea
Descrição: Sophia precisa de doador de medula óssea Crédito: Arquivo pessoal

Uma grande campanha para a doação de medula óssea para a pequena Sophia Ramalho Quinta, de sete anos, que tem leucemia, está mobilizando o Estado para a importância de se tornar doador. Quem quiser doar para Sophia basta se dirigir ao hemocentro do Hospital Geral de Palmas e fazer a coleta da amostra, das 7 às 19 horas, para se verificar a compatibilidade, neste caso sangue do tipo O+. Ela está internada no apartamento 215.

 

O pai de Sophia, Marcellus Quinta, informou ao T1 Notícias que sua filha luta contra a leucemia há três anos. “Ela começou o tratamento no Rio de Janeiro e veio transferida para Palmas há alguns dias, quando a doença estava sob controle”.

 

Há alguns dias Sophia teve febre e com os exames realizados foi constatado que a doença voltou e por isso a necessidade de um doador de medula. “Até ontem ela precisava de doação de plaquetas e agora é preciso encontrar um doador de medula”, explicou Marcellus.

 

Falta de materiais e medicamentos

Durante sua entrevista, Marcellus informou ainda que tem passado por algumas dificuldades nos dias em que Sophia está internada. “Ela precisava fazer um exame e para isso era necessário ter uma agulha de sucção para medula óssea e o hospital não tinha. Consegui comprar e o exame foi realizado”, relatou Marcellus, ao destacar ainda que o Estado adquiriu algumas agulhas. “Para realizar o exame comprou apenas três. Como vai ser feito o exame em todas as crianças que precisam?”, questionou.

 

Marcellus falou que o Hospital não dispõe dos medicamentos necessários. “Tive que comprar Luftal, morfina, enfim,  tudo que ela precisa eu que estou comprando e é isso que nos indigna. No caso das crianças que fazem quimioterapia também tem sempre algum medicamento que falta”, desabafou.

 

Mundo de Sophia

Diante da situação de Sophia, Marcellus relatou que se deparou com várias crianças que passam pelos mesmos problemas no HGP e por isso ele faz o apelo para que as pessoas se tornem doadoras de medula. “A gente quer aproveitar essa situação para pedir não só para Sophia, mas pedir que as pessoas sejam doadoras de medula. O procedimento é fácil, é só colher o sangue para o teste e o ato pode salvar uma vida”.

 

Com a realidade vivenciada, a família decidiu criar uma página no Facebook chamada "Mundo de Sophia", no sentido de, através do exemplo de Sophia, poder ajudar outras pessoas que passam pelos mesmos problemas. “Foi a maneira que encontramos de ajudar aqueles que também precisam de ajuda e a página foi um meio de fazer isso”. 

 

A doação de medula

Segundo as informações do Ministério da Saúde, todas as pessoas que tenham entre 18 e 55 anos e boa saúde, ou seja, não tenham doenças incapacitantes ou infecciosas, podem ser doadores de medula óssea, que é retirada da bacia através de punções. O procedimento é feito sob anestesia e o doador se recompõe em 15 dias.

 

É preciso preencher um formulário com informações pessoais e então é coletada uma amostra de 5 a 10 ml de sangue para testes que vão determinar as características genéticas para a compatibilidade entre o possível doador e o paciente. Se a compatibilidade for comprovada, o doador é convidado para exames complementares e finalmente para a doação.

 

Conforme as estatísticas do Ministério, a chance de encontrar uma medula compatível é de uma em 100 mil e esse é o principal problema para se realizar o transplante.

 

Como doar plaquetas

A doação de plaquetas também pode ajudar a salvar vidas e o procedimento é bem mais simples que o da doação de medula óssea se assemelhando muito ao da doação de sangue. Ela pode beneficiar os pacientes que, como a Sophia, tem leucemia e ainda os que têm outros tipos de câncer.

 

O procedimento consiste na retirada total do sangue do doador e então os componentes do sangue, glóbulos brancos e vermelhos, plasma e plaquetas, são separados por meio de centrifugação. Depois, parte das plaquetas são retidas e os demais componentes do sangue são devolvidos ao doador. O procedimento dura cerca de 90 minutos.

 

Cada doador pode fazer até 24 doações a cada 12 meses e o procedimento pode ser repetido a cada 72 horas, tendo em vista que a recomposição das plaquetas no sangue se dá em cerca de 48 horas.

 

O doador precisa estar em boas condições de saúde, ter entre 17 e 69 anos, pesar no mínimo 50 kg, ter dormido pelo menos 6 horas na noite anterior a doação e apresentar os documentos pessoais.

 

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