Justiça determina bloqueio de R$ 300 mi de empresa do TO suspeita por golpe

A empresa possui sede em Palmas e atua em todo o território nacional, por meio de portal na internet. Diversas denúncias chegaram ao conhecimento do MPE ao longo dos últimos meses

Decisão liminar do juiz Pedro Nelson de Miranda Coutinho, publicada na terça-feira, 3, pela 3ª Vara Cível de Palmas, determina o bloqueio de R$ 300 milhões nas contas bancárias de empresas ligadas à “Aliança Online” e ao administrador, suspeito de aplicar golpe conhecido por “Pirâmide Financeira”. A determinação da Justiça atende aos pedidos de ação cautelar proposta pelo Ministério Público Estadual (MPE), por meio da 23ª Promotoria de Justiça.

 

Além do bloqueio de recursos financeiros das contas bancárias da empresa, o juiz também determinou que a Receita Federal encaminhe cópias de declarações de bens das empresas. A decisão judicial determina, ainda, que a Aliança Online deve apresentar, em até cinco dias, a relação de todos os franqueados, valores recebidos, faturamento com a venda de produtos e franquias oferecidas. A multa, em caso de não cumprimento da decisão, pode chegar a R$ 10 milhões.

 

Segundo a promotora de Justiça Katia Chaves Gallieta, responsável pelas investigações, a empresa possui sede em Palmas e atua em todo o território nacional, por meio de portal na internet. Diversas denúncias chegaram ao conhecimento do MPE ao longo dos últimos meses, com relatos de pessoas que teriam investido dinheiro na empresa e não tiveram o retorno financeiro proposto.

 

“Nas pirâmides financeiras, a venda do produto ou serviço é apenas uma forma de mascarar o golpe, enquanto o foco é o recrutamento de novos investidores. Forma-se, então, uma pirâmide e não importa quantas pessoas ingressem, as pessoas da base sempre sofrerão prejuízos porque, quando não for possível trazer mais pessoas para o esquema, o negócio desmorona”, comentou a promotora de Justiça.

 

Conforme relato de uma pessoa que comprou a franquia de R$ 1.000,00 da Aliança Online, o ganho diário em reais era de R$ 84,00 por dia, depois passou para R$ 63,00, depois para R$ 42,00 e hoje está em R$ 21,00 por dia, ou seja, os rendimentos já caíram 75%, demonstrando que o negócio está cada vez mais próximo de ser insustentável.

 

(Com informações da Ascom/MPE)

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