Mais 4 presos na operação Ápia são libertados pela Justiça Federal e deixam CPP

Entre os libertados estão os engenheiros civis Luciano Nogueira Bertazzi Sobrinho e Pedro Olímpio Pereira Furtado Neto. Outras 7 pessoas permanecem presas, entre elas o ex-governador Sandoval Cardoso

Mais quatro presos em operação da PF deixam a CPP
Descrição: Mais quatro presos em operação da PF deixam a CPP Crédito: Foto: Divulgação

Na noite deste sábado, 15, por volta da 21h45, mais quatros presos pela operação Ápia, realizada pela Polícia Federal na última quinta-feira, 13, foram libertados pela 4ª Vara da Justiça Federal e deixaram a Casa de Prisão Provisória de Palmas. Na última sexta-feira, 14, três presos foram libertados, sendo Luciene da Silva Oliveira, gerente da empresa CRT, Jairo Arantes, sócio da CRT, e o empreiteiro Renato Hollunder. Na noite de ontem, entre os libertados estão os engenheiros civis Luciano Nogueira Bertazzi Sobrinho e Pedro Olímpio Pereira Furtado Neto. Outras sete pessoas permanecem presas, entre elas o ex-governador Sandoval Cardoso. O T1 Notícias está apurando os nomes dos outros dois envolvidos que foram soltos ontem.


A assessoria de comunicação da Justiça Federal informou ao T1 neste domingo, 16, que os presos foram libertados ontem após serem ouvidos novamente pela Polícia Federal, que manifestou à juíza que os mesmos não ofereciam risco às investigações e poderiam ser soltos.

 

Na última sexta, a 4ª Vara da Justiça Federal manteve a prisão temporária, por cinco dias, de todos os presos na operação. Os advogados pediram a revogação da prisão temporária e o remanejamento da Casa de Prisão Provisória (CPP) em Palmas para outro lugar. Segundo informações da Secretaria de Cidadania e Justiça, todos estão na mesma sala na CPP. “Eles estão recolhidos na carceragem da CPPP em uma cela separados dos demais detentos, por questão de segurança e para garantir a operacionalidade da unidade prisional, à disposição da Justiça Federal”, informou o governo do Estado, em nota.

 

Defesa de engenheiro

Os advogados de defesa de Luciano Nogueira Bertazzi Sobrinho, libertado ontem, Gilsimar Beckman e Monique Severo, informaram ao T1 Notícias que o engenheiro foi beneficiado com a revogação da prisão temporária após prestar todos os esclarecimentos e ficar comprovado que, apesar de seu nome constar na Portaria/AGENTRANS nº 145, de 26 de maio de 2014, a qual o designou para fiscalizar uma ponte de 30 metros sobre o Rio Manoel Alves, o engenheiro nunca recebeu a Ordem de Serviço para o início da obra.

 

“Acontece que a Agência de Máquinas e Transportes do Estado do Tocantins (Agetrans), à época, publicou a portaria e esqueceu de revogá-la e, de consequência, acabou colocando Luciano na linha da investigação sem ele ter qualquer participação nas obras supracitadas na investigação. A decretação da prisão causou em Luciano danos irreparáveis os quais existirão por toda sua vida”, informaram os advogados do engenheiro.

 

Operação

A operação Ápia, realizada pela Polícia Federal no Tocantins para desarticular organização que atuou no Estado supostamente fraudando licitações públicas e execução de contratos administrativos celebrados para a terraplanagem e pavimentação asfáltica em 29 rodovias estaduais, apurou que a organização funcionava em três núcleos compostos por políticos, servidores públicos e proprietários de empreiteiras. A suspeita é de que o grupo tenha desviado R$ 200 milhões. O ex-governador Sandoval Cardoso foi preso e o ex-governador José Wilson Siqueira Campos foi conduzido coercitivamente à sede da PF, onde prestou depoimento. Ao todo são 113 mandados judiciais expedidos pela Justiça Federal.

Comentários (0)