O governador Marcelo Miranda anuncia às 15 horas desta segunda-feira, 24, as primeiras medidas da esperada Reforma Administrativa. Segundo o líder do governo na Assembleia Legislativa (AL), deputado Paulo Mourão (PT) informou ao T1 Notícias, “o projeto do governo Marcelo Miranda começa agora” e o deputado entende ser preciso “dar uma resposta muito enfática” para toda a situação financeira em que o Estado se encontra. As medidas serão anunciadas em reunião que vai tratar do Plano Plurianual (PPA) 2016/2019 com os secretários de Estado.
O primeiro ano de um novo governo trabalha ainda conforme as metas estabelecidas pelo governo anterior, já que o planejamento, através do PPA, é construído para o período de quatro anos. “Nós herdamos um plano plurianual extremamente ineficiente e o governo passa agora para a discussão do PPA e LDO [Lei de Diretrizes Orçamentárias]”, disse.
O governo deu início aos trabalhos para a construção do seu plano de trabalho nos últimos dias e de acordo com Mourão vai ser preciso construir um plano que atenda a sociedade como um todo. “Tenho certeza que o Marcelo não quer decepcionar o povo”, destacou o deputado, ao se mostrar otimista com os próximos passos que o governo deve dar. “O Marcelo é uma pessoa muito prudente e tem uma preocupação com o ser humano”.
Para Mourão “todo ajuste acaba sendo injusto, pois atinge pessoas e programas”, mas ele entende que se o trabalho for feito de forma planejada é possível “dar a resposta positiva que todo o Estado merece”.
Deputados ainda não conhecem medidas
Segundo Mourão o governador Marcelo Miranda ainda não envolveu a Assembleia Legislativa no processo de discussão sobre a reforma administrativa que já é discutida no âmbito do Executivo junto aos secretários.
Segundo fontes ouvidas pelo T1 Notícias desde sexta-feira, 21, a expectativa é grande em torno dos cortes e possíveis fusões nas pastas. O maior problema do governo é liquidez e o gargalo a ser enfrentado passa pelos custos com pessoal.
De acordo com Paulo Mourão qualquer administração tem que fazer um grande esforço para gerir um Estado. “Aqui nós temos uma herança de má gestão dos governos Siqueira Campos e Sandoval Cardoso e essa herança maldita que recebemos ampliou e muito esse esforço”, destacou.
“Desequilíbrio com pouquíssimas informações”, foi assim que o deputado informou que o Estado foi recebido por Marcelo Miranda e para ele o Tocantins tem grandes desafios no sentido de garantir a distribuição das receitas de forma justa, levando em consideração a extensão territorial do Estado.
Na oportunidade Mourão falou sobre “irresponsabilidades” dos governos anteriores. “Benefícios foram concedidos sem observar a viabilidade e a legalidade e ai o Estado deve e não paga. O estado deve progressões de 2013 e de 2014, a data-base foi dividida e a do ano que vem não se sabe como vai pagar. Vivemos uma situação sem metas e sem objetivos”, avaliou.
Solução
Mesmo informando que ainda não discutiu o assunto com o governador, Paulo Mourão, tem feito suas avaliações sobre os mecanismos que julga necessários para que o Tocantins volte a crescer. Para ele uma auditoria na folha precisa ser realizada por uma empresa séria que tenha condições de identificar se os benefícios concedidos são ou não regulares.
Na oportunidade, o deputado lembrou que a atuação dos deputados é fundamental na busca pelo equilíbrio financeiro do Estado, já que “o papel da AL é primar pela legalidade e acima de tudo não causar benefícios que sejam altamente propositivos, mas sejam injustos com o Estado”.
(Atualizada às 12h05)
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