O médico Marcos Esner Musafir, 60 anos, novo secretário de Saúde do Estado do Tocantins, tentava por telefone encontrar uma vaga para transferir via aérea uma criança de Araguaína, para fora do Estado, no final da tarde da sexta-feira, 19, quando atendeu a equipe do T1 Notícias para uma entrevista exclusiva, de pauta aberta, para radiografar os principais problemas da pasta que ele assumiu em meio a uma crise de relacionamento com médicos, enfermeiros em greve e cobrança de dívidas.
No meio da conversa, recebeu outra ordem judicial, determinando procedimento médico, sob pena das sanções cabíveis. A rotina da Secretaria da Saúde tem sido esta. De fala pausada e jeito gentil, o secretário tenta quebrar as resistências que enfrentou logo nos primeiros dias, pelo fato de ser de fora do Estado e chegar cercado de rumores de que veio com a missão de terceirizar a Saúde no Tocantins. “De jeito nenhum. Ninguém é maluco. Não tem a menor possibilidade. Não temos dinheiro para isso no Estado. Isso (terceirizar) seria uma irresponsabilidade”, vaticinou.
Com mais de 3 mil cirurgias na fila para serem realizadas em todo Estado, entre ortopédicas, cardiovasculares, cabeça e pescoço, neurológicas, entre outras, o secretário traça seus planos para retomar a reforma e ampliação do HGP, onde esteve na semana passada, numa reunião com médicos e equipe clínica, para uma conversa franca. “Temos muitos bons profissionais, gente que pratica medicina da mais alta qualidade”, elogiou. Com uma herança de problemas dos mais variados e uma dívida na casa dos R$ 340 milhões da sua pasta, ele nem de longe se abate: “não sei fazer milagre, mas vamos trabalhar. Dar o nosso melhor para mudar a situação que encontramos aqui”.
Cercado de sua equipe, composta pela Superintendente de Administração e Logística, Adriana Victor Pereira Lopes, pela superintendente de Políticas de Atenção à Saúde, Maria Gleyd Chianca e pelo superintendente Jurídico da Sesau, Pabllo Félix. Confira a íntegra da entrevista.
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