A adolescente Anna Beatriz Theophilo Dutra, de 17 anos, moradora de Palmas, viajou para os Estados Unidos na última segunda-feira, 18, onde foi retida pela imigração daquele País e levada para um abrigo, sob a acusação de 
ser imigrante ilegal. Com isso, os pais, Eduardo César Dutra, e a jornalista Leide Theophilo, buscam informações junto ao Consulado Brasileiro nos EUA para entender o que de fato está acontecendo e como podem trazer Anna Beatriz de volta ao Brasil.
A mãe de Anna Beatriz é servidora pública, lotada na assessoria de comunicação da Defensoria Pública do Tocantins, e segundo ela, o defensor Público Geral, Marlon Costa Amorim está em contato com autoridades estaduais e federais para tentar agilizar a solução do caso.
Leide Theophilo explicou que sua filha "ao passar pela imigração na conexão em Detroit, ocorreu algum desencontro de informações, sendo barrada a sua entrada nos EUA, sendo tratada como imigrante ilegal, mesmo tendo visto, e foi levada a um abrigo de menores em Chicago. Assim que soube por ela que a levariam para um abrigo, mandei e-mail para o Consulado Brasileiro em Chicago".
No abrigo Anna Beatriz teve seus pertences retidos, como dinheiro, presente para os amigos e parentes, celular e documentos. Quanto à roupas ela só poderá usar as que são fornecidas no local e também teve que passar por uma série de exames médicos.
Ano sabático
A jornalista disse ainda que mesmo não sendo casada com o pai de sua única filha, Anna Beatriz, ela decidiu juntamente com Eduardo Dutra, "presentear nossa filha com um ano sabático, com direito a viagens por vários países, antes dela ingressar numa Universidade".
Ainda segundo Leide Theophilo, "Anna Beatriz tem 17 anos e completará 18 no dia 15 de junho. Ela é uma menina inteligente, fluente no inglês e já esteve por três vezes nos EUA, inclusive em janeiro desse ano foi pra Miami 
com o pai Eduardo César Dutra e depois foi para New York se encontrar comigo, pois estava de férias".
Acusações
Leide Theophilo explicou que as informações são limitadas, o que tem deixado a família com muito temor e preocupados. Ela ainda disse que nos primeiros momentos em que conversou com sua filha, Anna Beatriz estava sempre muito nervosa, o que dificultou o diálogo.
"A acusaram de ser imigrante ilegal, mesmo ela estando com passaporte e visto em dia. Acusaram também ela de ir se encontrar com um homem, pegaram senhas dela de redes sociais para checar se havia contato com possíveis namorados nos EUA", comentou a jornalista.
Possibilidades para retorno
Uma servidora do abrigo para onde foi levada Anna Beatriz, explicou aos pais, por e-mail, que para conseguir sua liberação e posterior retorno ao Brasil há três possibilidades: "Partida Voluntária (Voluntary Departure), é difícil saber quanto tempo demora porque depende de quando a migração marcar a audiência da Anna. Ela teria que se apresentar na audiência e pedir ao juiz a partida voluntária. Isso pode demorar uns meses. Ou esperar ela fazer 18 anos: depois disso ela vai para um da migração e aí pode tentar pagar uma fiança e depois resolver o caso do visto dela. Ou ainda, fazer a reunificação familiar: pode ser com um amigo, se vocês não tem família aqui. Quando faz reunificação familiar com amigo demora mais do que com os pais porque o governo pede mais documentos, pois quer ter certeza que a Anna vai a um lugar seguro. Se o pai da Anna ou você vierem para os Estados Unidos a gente pode fazer o processo de reunificação familiar com vocês para que seja mais rápido", afirmou a servidora no e-mail.
Comentários (0)