Servidores da Educação do Estado em greve lotam o auditório da Assembleia Legislativa, em Palmas, na manhã desta quinta-feira, 20. Cerca de 300 professores compareceram à Casa de leis entoando gritos de ordem e com cartazes em punho. Eles pedem que o governo garanta o pagamento das progressões. A Audiência Pública acontece sem a presença do secretário de Estado da Educação, Adão Francisco de Oliveira, mas que enviou um representante ao plenário.
Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Tocantins, José Roque, os direitos dos professores não podem ser pagos somente em 2016. “O governo quer colocar tudo para 2016 e depois vai para 2017?”, questionou ao sugerir que o governo tenha uma agenda positiva sobre a pauta para resolver o problema.
“Se o governo alega falta de recursos, nós temos uma outra pauta, pois todos os outros setores da administração tiveram recursos aumentados, e se alega falta de recurso foi falta de planejamento também do governo”, disse o presidente do Sintet.
O representante do governo, Maurício Reis de Sousa, que é superintendente de Tecnologia da Seduc, informou que será protocolada ainda hoje, junto ao Sintet, uma nova proposta no sentido de implementar imediatamente o quantitativo de 2013 das progressões.
José Roque questiona ainda a não aplicação dos 25% dos PIB na Educação. “Hoje o governo não aplica nem os 25% e o que o sindicato propõe é que haja a aplicação de 30%”. Conforme o T1 apurou, atualmente cerca de 22% do PIB são aplicados na Educação e estima-se que 90% desse valor seja para pagamento de pessoal.
Sem diálogo
O presidente do Sintet relatou ainda que até o momento não conseguiu uma audiência com o governador. “Por parte do governador não fomos recebidos. Temos conversado com os secretários, mas quem tem que dar a resposta é o chefe do Executivo. Ele sim representa o poder maior do Estado. Nós não votamos em secretários, quem tem que se pronunciar é o Marcelo Miranda”, disparou José Roque.
Estão presentes na Audiência os deputados Eli Borges (PROS), Ricardo Ayres (PSB), Wanderlei Barbosa (SD), Nilton Franco (PMDB), Valdemar Júnior (PSD), Zé Roberto (PT), Amália Santana (PT), Valderez Castelo Branco (PP), Paulo Mourão (PT), Olyntho Neto (PSDB), Amélio Cayres (SD), Luana Ribeiro (PR), Eduardo Siqueira Campos (PTB) e Elenil da Penha (PMDB).
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