Secretários apontam que Estado não tem como pagar data-base e propõem renegociar

Secretários propõem renegociação da data-base de 2015. Uma reunião acontece nesta quinta-feira, 19, às 9h, entre 32 representantes das categorias de servidores para debater a proposta

Representantes do governo recebem sindicalistas
Descrição: Representantes do governo recebem sindicalistas Crédito: Foto: Ascom/Sisepe

Os membros do Comitê Gestor do Governo do Estado se reuniram, no final da manhã desta quarta-feira, 18, com dirigentes sindicais, representantes dos servidores públicos estaduais, e anunciaram que o Governo não tem dinheiro para pagar a data-base de 2015 e propuseram renegociar o acordo.

 

Segundo informações do presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Tocantins (Sisepe-TO), Cleiton Pinheiro, que participou da reunião, o argumento foi de que o Estado não tem condições financeiras e terá que renegociar com os servidores. “Estamos decepcionados com o tratamento que esse governo tem dado a nós, sem um mínimo de respeito. Como vamos renegociar o que já foi negociado?”, questionou Cleiton, complementando que “em nenhum momento o governo se esforçou para resolver essa questão”.

 

Pinheiro informou ainda que o presidente do Comitê Gestor, o secretário-Geral de Governo e Articulação Política, Lyvio Luciano pré-agendou para a próxima semana uma nova reunião, com os líderes sindicais, para receber a resposta sobre a proposta de renegociação feita pelo governo à categoria. Uma reunião acontece nesta quinta-feira, 19, às 9h, entre 32 representantes das categorias de servidores para debater a proposta. 

 

Além do presidente do Comitê Gestor, também participaram da reunião desta quarta, os secretários da Administração, Geferson Barros, e da Comunicação, Rogério Silva.

 

Assembleia Legislativa

Na sessão de hoje na Assembleia Legislativa, o deputado Eduardo Siqueira Campos (DEM) antecipou que o governo não teria como pagar a data-base e cobrou um debate profundo sobre as contas públicas do Palácio. “O pagamento da data-base está no orçamento e regulamentada em lei, que deve ser cumprida. O Governo não pode chegar agora e afirmar que não tem dinheiro, precisamos ampliar as discussões, ouvir o TCE e evitar um estado de greve geral no Tocantins. Checar de fato os gastos do governo”, afirmou o parlamentar.

 

Entenda

Em 2015, o governo fez um acordo com os sindicatos dos servidores públicos, regulamentado em lei, garantindo que o retroativo da data-base, referente ao período – maio a agosto daquele ano – seria divido em 12 parcelas e começaria a ser pago em janeiro de 2016. Como o governo não cumpriu o acordo os representantes sindicais intensificaram as cobranças em reuniões com representantes do governo, como Geferson Barros e Governo e Lyvio Luciano.

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