A manhã desta segunda-feira, 27, foi marcada por importantes anúncios na Secretaria de Educação do Estado (Seduc), quando em entrevista coletiva o secretário Adão Francisco de Oliveira, informou sobre a realização de diversas obras nas escolas do Tocantins, eleições para diretores e de concurso para educadores indígenas. Ao fim da entrevista o gestor que também é professor falou que “a solução do Estado vem de dentro para fora, não precisamos buscar soluções fora para melhorar”.
São diversas obras e mais o Salão do Livro que foram anunciados nesta segunda e ao ser questionado se esses gastos não seriam um contrassenso já que o governo alega um momento de crise extrema, Adão foi categórico ao dizer que não. “Tudo isso faz parte do investimento no desenvolvimento”, justificou o gestor.
“Nesse momento a Seduc entende que é importante desenvolver um processo de educação contextualizado, que significa que não podemos separar o desenvolvimento da educação do desenvolvimento do Estado do Tocantins”, relatou o secretário.
Concurso indígena
Na oportunidade ele falou sobre a necessidade e definição em realizar um concurso para educadores indígenas atuarem nas aldeias tocantinenses. “É preciso adequar o quadro de servidores com a demanda que temos hoje para que tenhamos a qualidade esperada na educação indígena do Estado”, disse.
Hoje o Tocantins tem 93 escolas indígenas e um total de cinco mil estudantes. Quanto ao quadro de profissionais, são 64 professores indígenas, o que não atende a real necessidade do ensino junto aos povos, foi o que relatou Adão ao anunciar que o concurso vai selecionar 150 profissionais indígenas. O edital deve ser lançado em janeiro de 2016.
Obras
Segundo o secretário até o final desse ano serão investidos R$ 20 milhões na reforma de três escolas, ampliação de mais seis e construção de três novas escolas.
Na oportunidade, Adão anunciou ainda que cinco obras já foram reiniciadas e outras 13 estão para reiniciar nos próximos dias. “Portanto estamos trabalhando na infraestrutura de 30 escolas, afinal precisamos disso para receber os nossos alunos da rede estadual de ensino com qualidade”.
Redução de custos
Outro projeto abordado pelo gestor da Seduc, foi a implementação da energia fotovoltaica (energia solar). Para Adão a instalação das placas que convertem energia solar em energia elétrica vão trazer inúmeros benefícios às escolas, aos alunos e aos cofres públicos, já que conforme ele explicou o maior gargalo financeiro da Educação hoje é a conta de energia elétrica.
Além dos gastos com energia, Adão destacou a instalação da manta de subcobertura que vai ajudar na redução do uso de aparelhos de ar-condicionado e o paisagismo que vai substituir o concreto por jardins, gramas e árvores nos espaços de convivência.
Na primeira etapa do projeto 39 escolas vão ser beneficiadas, sendo três de cada uma das 13 regionais de educação. Segundo Adão a ideia é que até fim do mandato de Marcelo Miranda, as 273 escolas do Estado tenham o sistema instalado.
Eleições
“Nós temos preparado e procurado instituir uma gestão democrática e isso é algo histórico no processo de escolha dos gestores das escolas no Tocantins”, foi o que disse Adão ao informar da realização das eleições para os cargos de diretor de escola no Estado.
Segundo o secretário a escolha vai passar por algumas etapas, sendo que a primeira, inscrição dos interessados em gerir as escolas, vai acontecer nos meses de agosto e setembro. Em outubro os professores apresentam o plano de gestão da escola e em novembro fazem provas que devem abordar a gestão educacional, administrativa, financeira e outros temas.
Após esta etapa, em cada escola, os melhores vão ser submetidos às eleições. “A ideia é formar uma lista tríplice para que a comunidade escolar eleja o melhor entre os melhores”, informou o secretário.
Greve
O secretário Adão não perdeu a oportunidade de repercutir a problemática da greve dos profissionais da educação e diante das alegações do sindicato de que o governo não abre o canal de diálogo, Adão rechaçou. “Minha primeira reunião oficial enquanto secretário foi no sindicato no dia cinco de janeiro às 10h30. Isso mostra que o governo está sim aberto”, disse o secretário ao ressaltar que também é professor e já foi sindicalista. “Consigo entender o que é a pauta e a demanda”.
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