Servidores da Saúde paralisam em 12 hospitais: emergência não será afetada

O presidente do Sintras, Manoel Miranda, informou que servidores de 12 unidades hospitalares paralisam as atividades nesta segunda-feira, 30, e caso Governo não se posicione pode haver greve no dia 6.

Os servidores de 12 unidades hospitalares no Tocantins paralisaram as atividades nesta segunda-feira, 30, e segundo o presidente do Sindicato dos Servidores da Saúde (Sintras), Manoel Miranda, o ato de hoje é um alerta para a possibilidade da greve geral, que pode ser deflagrada no próximo dia 6 de abril caso o governo não atenda as demandas apresentadas pela categoria.

 

Para Manoel Miranda, os servidores não têm condições de manter o trabalho nas atuais condições. Ele relatou que as principais pautas de reivindicação são por melhores condições de trabalho e pelo cancelamento do decreto do governo que anulou as progressões da categoria.

 

“Primeiro, as condições de trabalho estão muito ruins nas unidades e isso não é bom nem para o profissional e muito menos para a população; e outro ponto é a necessidade do pagamento das progressões que foram anuladas pelo decreto do governador, isso afeta diretamente o trabalho do servidor que tem direito e até o momento não tem perspectiva de receber”, disse.

 

Conforme o presidente informou ao T1 Notícias, cerca de 70% dos serviços estão paralisados nas unidades de Porto Nacional, Miracema, Guaraí, Araguaína, Dianópolis, Arraias. Em Palmas a paralisação atinge o Hospital Geral de Palmas (HGP), o Hospital de Maternidade Dona Regina (HMDR) e o Hospital Infantil.

 

“Estamos mantendo e vamos manter no caso de greve geral, os principais serviços para que a população não tenha tantos prejuízos”, disse Miranda ao informar que os serviços na internação e na emergência não serão paralisados.

 

Diálogo com governo e greve no dia 6

O presidente informou que ainda nesta segunda-feira os sindicatos vão ter uma reunião com o Governo. “Protocolamos a nossa contraposta ao Governo e agora vamos manter o diálogo”, relatou.

 

Manoel Miranda disse, também, que se Governo e sindicatos que representam os servidores não entrarem em um acordo, a greve geral vai ser deflagrada na próxima segunda-feira, 6. “Queremos uma solução, não queremos uma greve, pois ela é o último recurso. Agora o governo teima em continuar não mantendo as nossas progressões e nesse caso vamos manter a situação de greve geral”, disse.

 

Orçamento

Conforme vem sendo anunciado pelo Governo, a situação financeira do Estado pode não permitir que os benefícios sejam pagos conforme os servidores querem. O secretário de Planejamento e Orçamento, David Torres, já chegou a informar, inclusive, que só será possível fazer um balanço do que poderá ser firmado no fim do primeiro quadrimestre e ponderou: “não iremos dar nenhuma vantagem a ninguém, porque o Estado tem que se enquadrar, e isso não foi definido por mim nem pelo Governo, é uma Lei”, ao citar o limite prudencial preconizado pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

 

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