Sindicatos terão movimento para negociar com Estado e não abrem mão da data-base

O Movimento de União dos Servidores Públicos Civis e Militares do Estado do Tocantins centralizará todos os representantes sindicais e será o instrumento de negociação das demandas pendentes

Presidente do Sisepe, Cleiton Pinheiro
Descrição: Presidente do Sisepe, Cleiton Pinheiro Crédito: Foto: T1 Notícias

O Movimento de União dos Servidores Públicos Civis e Militares do Estado do Tocantins - Musme será o instrumento de negociação das demandas pendentes entre funcionalismo público e governo a partir desta semana. A informação é do presidente do Sisepe, Cleiton Pinheiro, ao T1 Notícias na manhã desta segunda-feira, 23. Assim como o comitê Gestor vem centralizando a discussão em nome do governo, sobre as pendências ligadas a servidores, o movimento centralizará todos os representantes sindicais, informa Pinheiro.

 

“Estamos abertos ao diálogo, mas há dois pontos que a nossa base - já consultada - não aceita que a gente negocie de forma alguma: o recebimento da data-base de 2015 até o final de 2016, e a data base de 2016, que não pode ser adiada para 2017”, resume o sindicalista.

 

Segundo Cleiton Pinheiro, além de não pagar o acordo feito para parcelar em 12 vezes a data-base de 2015 a partir de janeiro de 2016, o governo tenta repactuar em 30 meses esse passivo. “Isso dá algo em torno de R$ 37 milhões e deveria ter começado a pagar. Não temos autorização para renegociar isso. A base não aceita”.

 

Outro ponto é a data-base de 2016, que os sindicatos não aceitam ser adiada para 2017. “O governo precisa apresentar uma proposta coerente”, argumenta Pinheiro, para quem o governo não tem impedimento legal nenhum diante da Lei de Responsabilidade Fiscal em pagar data-base. “Uma coisa é dizer que estar acima do limite legal impede a concessão de novos direitos. Outra coisa é data-base, que está garantida por lei em vigor e deve ser paga”, insiste.

 

Sobre a afirmação do governo de que também não tem financeiro para pagar o impacto da data-base na folha, o sindicalista contesta: “o que está faltando é transparência. O governo se esquiva de abrir para nós os gastos que são feitos com os outros 49% das receitas. E nós já apontamos vários caminhos para redução de gastos que a gente considera que o governo pode fazer e não faz por decisão política”, defende Pinheiro.

 

O presidente do Sisepe defende corte nos gastos com locação de veículos e com telefones institucionais: “por que não faz como o Gaguim fez?”. Contratos temporários em áreas administrativas são objeto de crítica mudanças de prédio de órgãos públicos com aumento nos valores dos alugueis (Fomento e ATS), entre outros gastos. “O governo não quer abrir as portas para nós quanto a apresentar estes gastos, e nós temos dados e informações de que pode sim, reduzir mais as despesas”, finaliza Pinheiro.

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