Sisepe diz que Setas intimida servidores a não fazer paralisação: gestora nega

Com a paralisação dos servidores do Estado marcada para segunda, 25, o Sisepe disse que a Setas está intimidando servidores. Ten.Cel. Patrícia afirma que pede apenas manutenção de serviços essenciais.

O Sindicato dos Servidores Públicos no Estado do Tocantins (SISEPE-TO) notificou a secretária de Estado do Trabalho e Assistência Social, Ten. Cel. Patrícia Rodrigues, por intimidar os servidores públicos a não participarem da paralisação da próxima segunda-feira, 25. Segundo o Sisepe a secretária estaria interferindo no direito de livre expressão e manifestação dos servidores públicos.

 

De acordo com o sindicato, as denúncias surgiram dos próprios servidores que encaminharam uma cópia de um memorando enviado a eles pela secretária. A notificação do Sisepe alerta que o memorando assinado pela secretária “é uma afronta ao princípio da liberdade sindical, bem como o artigo 37 VII da Constituição Federal”.

 

O memorando trata especificamente da paralisação do dia 25 e orienta que os setores permaneçam com atendimento normal. “Comunico aos setores e anexos desta secretaria que são de atendimento essencial ao público, como Casa de Apoio Vera Lucia Paganni e balcão de atendimento do SINE, que os mesmos deverão permanecer com atendimento normal”, diz a secretária, no memorando encaminhado aos servidores estaduais.

 

Serviços essenciais

Ao T1 Notícias a secretária Ten. Cel. Patrícia Rodrigues, disse que a notificação do Sisepe não chegou até ela e negou que tenha impedido os funcionários de ter o seu direito garantido pela Constituição Federal. “Quando tomei conhecimento da greve fiz um memorando para a casa de apoio Vera Lúcia e para o Sine, considerando que os serviços prestados nestes locais são essenciais e não podem parar”, explicou a secretária.

 

Os serviços essenciais como o prestado na Casa de Apoio Vera Lúcia, que acolhe os acompanhantes dos pacientes em tratamento hospitalar e os pacientes oncológicos que vem a Palmas realizar os procedimentos médicos, tem que permanecer com 30% dos servidores em atividade mesmo durante a greve.

 

“Não impedi nenhum funcionário de ter o seu direito, o que eu não posso deixar é que a casa de apoio seja fechada e no memorando eu informei da paralização e da necessidade de manter os 30% dos servidores no trabalho. É só cuidado para não fechar a casa de apoio”, destacou a secretária ao relatar que cerca de 80 pessoas são atendidas na Casa de Apoio Vera Lúcia.

 

Paralisação

A paralisação do próximo dia 25 é um protesto pelo não pagamento das progressões e está mantida. O Sisepe está convocando toda a categoria para participar do manifesto cujo objetivo é sensibilizar o Governo sobre a urgência do pagamento das progressões.

 

A orientação é para que os servidores compareçam ao local de trabalho vestidos com roupas pretas, registrem o ponto, permaneçam no ambiente de trabalho, mas não trabalhem.

 

(Com informações da Ascom Sisepe-TO)

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