Quatro urnas de votação foram recolhidas na sede do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) do Tocantins, em Palmas, na quarta-feira, 19, ao final do processo de votação para escolha do novo presidente da organização. Concorrem ao cargo os engenheiros Valdivino Dias e Marcelo Maia.
As primeiras informações obtidas pelo Portal T1 Notícias é de que a Polícia Federal havia recolhido as urnas de votação após tumulto e questionamentos sobre o processo.
No entanto, o Crea Tocantins, por meio de nota e em entrevista por telefone realizada com o conselheiro Milton Septimio Alves Neto, informou que o processo eleitoral foi suspenso. Segundo eles, a assessoria jurídica de um dos candidatos questionou a lisura do processo de apuração dos votos no momento que esta estava sendo iniciada na sede do Crea em Palmas. Houve também tumulto do lado de fora do prédio, provocado, conforme o Crea, por manifestantes alheios ao processo eleitoral.
O recolhimento das urnas se deu logo após o encerramento do processo de votação, por volta das 20 horas, quando se apurava a primeira urna.
Devido à situação, a comissão que deliberava sobre o processo eleitoral decidiu suspender os trabalhos e, conforme explicaram, por causa dessa decisão e com o intuito de garantir a segurança e integridade do processo, as urnas foram levadas por um oficial de Justiça para local não divulgado.
Milton Septimio disse ao T1 que o oficial de Justiça recolheu as urnas por questão de segurança, já que um dos candidatos havia questionado a lisura do processo. Segundo ele, as partes interessadas, que são os candidatos Valdivino Dias e Marcelo Maia, acompanharam o processo de apuração das urnas.
O conselheiro ratificou que a decisão de suspender os trabalhos da comissão se deu em razão do questionamento de uma das partes e aguarda deliberação da Comissão Eleitoral Federal (CEF) sobre o caso. Enquanto isso, segundo o conselheiro, o CREA, por meio da comissão eleitoral regional está acompanhando o caso e aguarda o desenrolar da situação.
Ainda de acordo com o conselheiro, o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) já foi informado da situação. Milton Septimio espera que o processo transcorra da melhor maneira possível e a CEF se posicione quanto à continuidade dos trabalhos desta comissão ou que instale uma nova comissão para deliberar sobre o assunto.
A equipe do Portal T1 Notícias procurou a Polícia Federal do Tocantins para esclarecer o fato, mas não houve retorno até o fechamento da matéria. A equipe também tentou localizar o candidato a presidente que questionou a lisura do processo, mas não obteve êxito.
Gideon Pitaluga, advogado de Marcelo Maia, procurou o Portal esta manhã para relatar que as urnas foram recolhidas através de uma liminar concedida após Ação Cautelar movida por eles na Justiça Federal. "O CREA suspendeu a apuração dos votos, mas as urnas só foram recolhidas após sair a nossa liminar. A Justiça Federal mandou lacrar e apreender as urnas para garantir a inviolabilidade", explicou. Pitaluga acrescentou que eles solicitaram à Comissão que um advogado de cada parte pudesse acompanhar a contagem dos votos, mas esse pedido foi negado. Confira a decisão em arquivo anexo no final desta matéria.
Apuração remarcada
Houve uma audiência na tarde desta sexta-feira, 21, que definiu a nova data para apuração dos votos: a próxima terça-feira, 25, às 14h. Conforme acordo firmado, um representante do Ministério Público Federal (MPF) e um advogado de cada parte acompanharão a contagem dos votos. As urnas permecerão apreendidas e lacradas na Justiça Federal até a data.
Confira nota do Crea
As eleições ocorreram dentro da normalidade em todas as seções eleitorais no Estado. Salientamos ainda que as urnas do interior foram todas apuradas e os resultados transmitidos ao Conselho Federal, no tocante a urna instalada na sede do Conselho Regional de Palmas, iniciou o processo de apuração dos votos e em virtude do questionamento quanto à lisura dos trabalhos, hora iniciados, através de documentos da assessoria jurídica do Candidato a Presidente do CREA-TO Marcelo Maia e também a tumultos ocorridos na área externa da Instituição, provocado por manifestantes alheios ao processo eleitoral, a Comissão Eleitoral deliberou pela suspensão dos trabalhos.
Mediante a essa decisão e para garantir a segurança e integridade do processo, as urnas da sede encontra-se sob guarda da justiça.
(Atualizada com novas informações às 17h20)
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