Os rumores de crise nos corredores da Sefaz ganharam forma com a entrega na tarde de ontem do cargo de sub-secretário da Fazenda, feita por Wagner Borges, numa demonstração de insatisfação.
A gota d’água, segundo fontes do T1, foi a nomeação do ex-prefeito de Aparecida do Rio Negro, auditor Suzano Lino Marques como presidente do Conselho do Contribuinte. O decreto de Miranda indicando Suzano como o pomposo titulo de “presidente do Contencioso Administrativo Tributário da Sefaz”, publicado com data do dia 30.
Suzano já havia sido indicado membro do Conselho, mas não teria ficado satisfeito e foi buscar ajuda na bancada do governo na Assembléia Legislativa para ser indicado presidente.
Encontrou a pronta solidariedade do deputado Nilton Franco(PMDB), também ex-prefeito, do município de Pium, que mobilizou seus pares e levou ao governador um documento com 14 assinaturas cacifando a indicação.
Se o clima na Sefaz já era ruim - Suzano é auditor e já foi indicado para cargo de confiança em gestão anterior - ficou pior com a medida. Ontem falava-se até que o próprio secretário, insatisfeito, cogitaria entregar seu cargo. O que não aconteceu, mas fontes garantem que o problema é maior e que a insatisfação de funcionários de carreira é generalizada.Wagner Borges, por exemplo, é funcionário no topo da carreira dentro da Sefaz e foi nome indicado pelo Fisco.
É o que ocorre por exemplo com a ação que quer anular as alterações consolidadas no Plano de Cargo dos Servidores da Fazenda, protocolada pelo MPE. Nos corredores o que corre é que a liminar favorável é tida como certa.
Com a nomeação de um secretário do time dos auditores, Miranda fortaleceu os servidores de carreira. Os sindicatos ganharam força nas indicações de cargos de confiança e funções gratificadas. O que consideram interferência política a esta altura, é que está incomodando os efetivos.
Outros cargos podem ser entregues avolumando a insatisfação. Fala-se até em paralisação caso a Lei 2890/2014 seja anulada. Um movimento que está só começando, mas que se crescer pode criar problemas no coração do governo.
Afinal é na Sefaz que se executa folha de pagamento, onde todo processo de aquisição e contratação de serviços termina, onde se paga os fornecedores.
A saída de Wagner Borges pode ser só o começo do que vem por aí.
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