A capacidade da senadora Kátia Abreu para o trabalho é conhecida. A de articulação política nas altas esferas da República também. Mas o que se viu e ouviu no final da tarde desta quinta-feira, 25, nas tendas armadas do lado de fora da Faet para abrigar o público de produtores, ruralistas e autoridades que foram acompanhar o lançamento do Plano Safra, assombrou.
Primeiro por que a política partidária ficou do lado de fora dos portões. É certo que a ministra chegou transportada pelo prefeito Carlos Amastha(PSB), mais novo aliado do PSD na capital.
Parênteses. De sete carros disponíveis para transportá-la até o evento ela escolheu seguir com o prefeito, ao lado do filho, deputado Irajá Abreu, presidente da Comissão Permanente da Agricultura na Câmara dos Deputados. No palanque, agradeceu a segunda recepção que o prefeito lhe faz na capital, na condição de Ministra: com todas as honras de chefe de Estado.
Se Amastha não poupava acidez nas críticas pessoais à senadora e seus filhos, isso é passado. Os discursos que o prefeito tem feito em Palmas e em Brasília citando a Ministra, são capazes de deixar o tempo de guerra no chinelo. Hábil.
Fecha parênteses.
Do lado de dentro dos portões, quem esperava, à frente das autoridades todas alí reunidas, era a governadora em exercício, Claudia Lelis (PV). Acompanhada do secretário de Agricultura, Clemente Barros, do 
Secretário de Governo, Hebert Buti, entre outros.
A ministra não poupou elogios à governadora. “‘Fico muito feliz, em te encontrar aqui nesta posição, Claudinha. Devagar, passo a passo, as mulheres vão chegando ao poder, com seu jeitinho. Parabéns Claudinha!”, disse ela, emendando com um abraço endereçado ao “primeiro-damo”, Marcelo Lélis, que foi convidado para o evento, na condição de Presidente do Partido Verde, mas seguiu estrada pelo interior com o projeto de reestruturação dos diretórios e comissões do PV nos municípios.
Pano rápido.
O Mapa vem com tudo para investir na Agricultura do TO
A agenda de trabalho apresentada pela ministra ontem, diante de prefeitos como Moisés Avelino e Otoniel Andrade, José Santana, de Colinas, Tiquinho, de Natividade e Gilvane, de Monte do Carmo, entre outros - somaram 80, segundo a assessoria confirmou - é coisa de encher os olhos.
Grandes obras anunciadas: Um armazém da Conab para Gurupi e uma Estação da Embrapa Florestas para a região de Araguaína. Para Palmas, o Mapa fará um grande investimento para consolidar um cinturão verde com capacidade para abastecer um grande Ceasa.
Os investimentos em logística, de obrigação do Ministério dos Transportes, são compromissos também assumidos pela Ministra com a duplicação da BR-153 em Paraíso, e a entrada em operação da Ferrovia Norte Sul. Detalhes para todos os benefícios anunciados podem ser conferidos aqui.
Para os prefeitos, o anúncio do Plano Safra, com R$ 187 bilhões para o País pode parecer coisa de outro mundo, mas uma coisa é bem real: o anúncio de 10 mil quilômetros de estradas vicinais a serem executadas para ajudar a escoar a safra nos municípios tocantinenses.
A crise política, fora da pauta do Ministério
Falando do momento delicado que vive o país, a senadora reconheceu o direito dos brasileiros que reclamam do governo e da corrupção, mas chamou à outra realidade: “A corrupção é um caso de polícia, de justiça, que temos que entregar para os órgãos responsáveis apurar e punir; a crise política é uma questão para o Congresso Nacional discutir; mas a vida continua, e nós precisamos trabalhar. O agronegócio continua segurando a onda do crescimento do País”.
A pauta do Mapa para o Brasil tem se tornado extensa e inclui a luta para colocar o País entre as cinco nações do Mundo em Defesa Agropecuária, com todos os certificados que permitirão a comercialização dos produtos brasileiros nos maiores mercados.
No Tocantins, boas notícias vão chegando com esta arrancada do ministério, tendo à frente uma senadora do Estado. A próxima é que os japoneses estão de olho no Matopiba. A JICA, uma antiga parceira, que começou sua parceria no Estado ainda nos primeiros mandatos do ex-governador Siqueira Campos, abriu um caminho que tornou o Tocantins atrativo para os investimentos japoneses, em busca do retorno em produção de grãos. A famosa segurança alimentar.
No atual cenário, o Tocantins tem tudo para dar seu salto nos próximos três anos. Só nos resta torcer para que a insegurança jurídica não prevaleça no cenário nacional. O mais é tempo e trabalho. Duas coisas que não haverão de faltar.
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