PL nasce forte, na base de Amastha e sela aproximação com grupo de Kátia Abreu

A semana do prefeito Carlos Amastha tem sido de colher os louros de obras inauguradas nos 26 anos de Palmas. No pano de fundo ele avança nos acordos políticos para ter Kátia e Marcelo no seu palanque

Amastha, Irajá e Kassab: acordo
Descrição: Amastha, Irajá e Kassab: acordo Crédito: Divulgação

No começo da semana, véspera do aniversário de Palmas, uma cena interessante foi fotografada em Brasília: o ministro Kassab, ao lado do presidente do PSD no Tocantins, deputado Irajá Abreu, apertando as mãos e selando o acordo do partido no Tocantins com o prefeito e a gestão Carlos Amastha.

 

É um intrincado jogo de forças, em que o PSD - que ficou de fora da composição do governo Marcelo Miranda(PMDB) - reajustou sua presença no Estado e termina de acomodar seus quadros nas maiores prefeituras que o Tocantins tem. Em Araguaína, já tinha emplacado Joaquim Quinta Neto, pivô da confusão em torno da Secretaria de Estado da Agricultura, que terminou ocupada por Clemente Barros.

 

O PSD, pelo acordo, deve ocupar a pasta em que mais poderá contribuir com a gestão, efetivamente: Habitação. Justamente onde tem o ministro Kassab, que recentemente desbloqueou aqueles R$ 35 milhões de obras do PAC 2 para Palmas. Cenas que deveremos assistir nos próximos dias.

 

O acordo do PSD com Amastha cria um elo visível do grupo da ministra - articulado no Estado atualmente pelo filho, deputado federal - mas é apenas o começo.

 

O que vem de mais significativo por ai, é a criação do PL como uma legenda que já nascerá incrivelmente forte no Estado, articulada também por Irajá.

 

Quem antecipou o que vem por ai, ao Portal T1 Notícias, foi justamente uma das vozes mais fortes hoje na base de Amastha: o vereador Milton Néris, um dos pupilos de Raul Filho, que agora marchará em campo oposto ao do ex-prefeito.

 

Além de Milton, vereadores da base do prefeito que não se imagina, poderão migrar para o PL. Dois deles: Rogério de Freitas, presidente da Câmara, cujo nome tem constado em todas as placas novas de obras inauguradas, e Émerson Coimbra.

 

Saia justa para Lelis e Gaguim

 

Se de um lado Amastha se aproxima de Kátia Abreu, para ter a ministra e senadora no seu palanque ano que vem, como fruto de uma aliança administrativa que pode avançar para uma composição política, por outro anda de mãos dadas com o governador Marcelo Miranda. De vôos e inauguração de obras no interior, à simbólica reinauguração do Parque Cesamar, Carlos Amastha, anda colado com um governador que não ajudou a eleger.

 

Coisas da política, mas que surpreendem pela guinada dada em menos de um ano. “O prefeito é ninja”, ouço por ai. “Ele faz rastro de raposa, mais do que muito político antigo”, escutei de um adversário.

 

Sim. O que Amastha está construindo é um palanque antes improvável, e que pode ter como consequência o isolamento de duas figuras políticas importantes.

 

Se Marcelo e Kátia apoiarem o prefeito, como fica Gaguim e sua pré candidatura dentro do PMDB de Palmas?

 

E se Miranda de fato apoiar Amastha, que situação de isolamento estará criando para Marcelo Lelis, presidente do PV, maior adversário do colombiano hoje no cenário político da capital? Ele que tem a mulher, Cláudia Lelis, bem posicionada na vice-governadoria e surpreendendo ao assumir missões de caráter administrativo, com desenvoltura?

 

Falta muito tempo ainda para as eleições. Mas falta pouco se formos pensar em alianças. O eleitor não entende guinadas muito rápidas. Basta lembrar daquele palanque multi eclético em torno de Lelis e seu efeito devastador na hora que a campanha andou.

 

Antes que o ano termine, cada protagonista deste jogo político deve ter posição marcada onde vai de fato estar ano que vem nesta disputa.

 

Por mais que a pauta atualmente seja administrativa, seus reflexos políticos são óbvios demais.

 

Por hora, Amastha vai somando pontos. E o PL, sem dúvida é seu ponto de encontro com a senadora, de quem já falou mal demais, mas que lançou à presidência da República dia destes no Tribunal de Justiça.

 

“O que eu faço é reconhecer o trabalho que ela presta e o fato de ser uma liderança nacional, inconteste”, responde o prefeito a quem lhe questione.

 

Está certo: agindo assim constrói pontes. O desafio é mantê-las até outubro de 2106 chegar…

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