Triste fim de governo

O que era para ser um governo de resgate do povo termina seu período de quatro anos sem fazer sucessor, sem cumprir as promessas e sem dar conta de suas obrigações básicas. Um final deprimente...

Sandoval e Siqueira: triste fim de governo
Descrição: Sandoval e Siqueira: triste fim de governo Crédito: T1 Notícias

O governo Siqueira/Sandoval entra na sua última semana. Na próxima sexta-feira já será ano novo e governo novo no Tocantins.

 

As cenas dos últimos capítulos da gestão que começou com a promessa de que seria o enceramento com chave de ouro, da carreira política de um ícone na história do Estado, são tristes. Deprimentes, até.

 

Na véspera de Natal recebi mensagens via Whatsapp com uma nova velha notícia: falta comida nos hospitais de referência do Estado. Mais uma vez o fornecimento foi suspenso, por falta de pagamento à empresa contratada.

 

Na Casa de Apoio, em Palmas, crianças com câncer e seus familiares recebem alimentação improvisada. A empresa responsável pelo atendimento também parou. Lá não está faltando, porque as doações continuam, e os próprios servidores têm feito a comida. Longe da alimentação balanceada -  conforme testemunho de voluntários que convivem lá diariamente -  que deveria ser servida, no entanto, a quem passa por um tratamento deste.

 

A véspera de Natal foi marcada pela notícia de que o TJ, numa liminar concedida pelo desembargador Moura filho, suspendeu os pagamentos feitos pelo Governo do Estado a fornecedores. Dura medida, diante de uma dura situação.

 

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O governador Sandoval Cardoso, eleito pela via indireta, para um mandato tampão - após a dupla renúncia que encerrou manchando de vergonha a carreira política de Siqueira Campos –reagiu com uma nota que vai publicada nesta sexta-feira. Acusa o TJ de fazer intervenção monocrática. De lhe roubar o direito de ser governador até o último dia, usando a caneta como bem quer.

 

E olha como ele tem usado: aumentado despesas. Fazendo caridade com o chapéu alheio. Promovendo PM’s por excepcionalidade seguindo a cartilha das indicações políticas de última hora. Coisa que arrepiou até o comandante da PM do seu governo.

 

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É um governo que perdeu completamente o senso de responsabilidade. E chega a tal ponto na inconsequência que não é de se duvidar da clareza dos argumentos dos advogados do governador eleito Marcelo Miranda ao impetrar o Mandado de Segurança que resultou na liminar que manda estornar pagamentos e bloquear recursos do Estado: tudo parece ser feito para inviabilizar o próximo governo.

 

Não ganharam no voto. Não ganharam no tapetão. E agora querem destruir qualquer chance de governabilidade para o eleito com seus pacotes de bondades tardias. É isso que se ouve nas ruas, nas rodas de políticos e formadores de opinião. Até quem apoiou está atônito e constrangido com tanta inconsequência.

 

O que o tocantinense pode esperar diante deste cenário são medidas duras pela frente. Não há como ser diferente.

 

Que venha 2015. Com força para começar a varrer do mapa os sem vergonha e sem juízo com o que é do povo.

 

 

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