Leticia Braga Costa Espíndola, 26 anos, começou a customizar sandálias há quase dois anos, quando se viu sem ter com quem deixar o filho de cinco anos para poder trabalhar fora. Ela relatou ao Portal T1 Notícias o caminho que percorreu, até obter um expressivo reconhecimento do seu trabalho em Palmas, e revelou que planeja expandir o negócio e montar uma loja.
Buscando aumentar a renda da família fazendo algo em casa, Leticia disse que começou com modelos simples de havaianas bordadas e foi aperfeiçoando o trabalho com aulas que assistia na internet. “A princípio, os modelos mais simples eu comecei fazendo sozinha mesmo. Para aperfeiçoar, eu fui olhando no youtube.”
A empreendedora apostou no negócio, correu atrás de mais conhecimentos e disse que, mesmo com as dificuldades ocasionadas pela crise financeira, tem tido resultados positivos. “Tem dado certo. Já tenho bastante clientes e o meu diferencial é que eu não só vendo havaianas, eu também conquisto clientes. Se precisar fazer algum tipo de reparo, até, por muitas vezes pelo mau uso da cliente, eu faço também. Então eu consigo manter uma amizade com todas as clientes e com isso cada vez que eu vou fazer novos modelos, elas já têm o meu contato e eu estou sempre inovando”, disse Letícia.
Outro diferencial que ela utiliza é a entrega a domicílio. “Eu faço entrega nas residências. Eu sempre procuro atender as clientes. Já teve vezes de eu fazer entrega meia noite” afirmou.
Leticia afirmou que aposta na divulgação do seu trabalho por meio das redes sociais e expõe aos domingos na feira da Praça do Bosque. Ela disse que chega a vender mais de 50 sandálias por mês, com preços que variam de R$ 20,00 a R$ 100,00.
Microempreendedora individual
Para conquistar mais clientes e facilitar a venda dos seus produtos, Letícia buscou a formalização do seu negócio e já é microempreendedora individual pelo Sebrae. Além disso, ela facilita o pagamento, parcelando no cartão de crédito e com promoções e descontos. “Futuramente eu quero montar minha lojinha só de sandálias bordadas”, planeja a jovem.
“A importância da formalização é que a gente ganha conhecimento, para administrar melhor o negócio. Tem as palestras que o Sebrae dá e você consegue comprar com preço melhor, no atacado”, afirmou Letícia, acrescentando as facilidades que adquiriu depois que passou a ter CNPJ.
Ajudando outras pessoas
Leticia não guarda o que aprendeu só para ela. “Eu procuro ajudar pessoas que estão precisando também, se ela não tiver condições de trabalhar. Da mesma forma que eu comecei, eu ensino outras pessoas também porque eu sei que muitas vezes não é fácil a gente conseguir emprego. Ainda mais quando tem criança pequena”, disse.
Apesar do sucesso de vendas das havaianas, Letícia disse que está sentindo os reflexos da crise. “Eu senti o impacto da crise porque já chegou vezes que eu vendi apenas uma havaiana de R$ 25,00 na feira. As pessoas gostam, acham bonito o trabalho, mas não tem condições de comprar. Mesmo assim, eu ainda consigo fazer um desconto para o cliente e ele consegue comprar”, afirmou com otimismo.
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