Amastha critica "saco de gatos" de Raul: precisa fábrica de Engov para engolir"

Chamando o eleitorado a assistir os programas de TV para conhecer tudo que sua gestão fez, prefeito Carlos Amastha criticou antigos aliados e adversários clássicos, como Raul e Cláudia Lelis...

Amastha inaugura comitê em Taquaralto
Descrição: Amastha inaugura comitê em Taquaralto Crédito: Foto: Ascom/PSB

Cercado de candidatos a vereador e ao lado do deputado do seu partido, Ricardo Ayres, o prefeito Carlos Amastha (PSB) inaugurou seu comitê, na Avenida Tocantins em Taquaralto, na noite de ontem, terça-feira, 23, sem poupar críticas a ex-aliados e adversários que enfrentará em outros palanques.

 

“Eu sempre disse que seriam todos eles contra mim na hora que chegasse a eleição”, afirmou. “De um lado é um saco de gatos”- começou - “você pega a senadora Kátia Abreu, que tentamos ainda trabalhar com ela… vai, com um Engov, desce. Aí você pega Vicentinho pai e Vicentinho filho… olha para engolir aquela família tem que ser uns três engoves. Siqueira pai e Siqueira filho: o pai desce leve, o filho não…”, seguiu ele comparando. O prefeito ainda fez referência ao deputado federal Carlos Gaguim e especialmente ao ex-prefeito Raul Filho. “Aquele ex-prefeito, que deixou a cidade suja e esburacada, pelo amor de Deus né gente? Para engolir todos nem a fábrica inteira de Engov”, resumiu.

 

Num discurso sereno na maior parte do tempo, o prefeito partiu para críticas ao governo do Estado e aos dois principais adversários que considera ter nesta eleição: o ex-prefeito Raul Filho e a vice-governadora Cláudia Lelis, afirmando ser ele “o novo, de novo, contra a velha política”.

 

Usando a Saúde como comparação tanto com relação ao seu antecessor como quanto à forma que o governo do Estado vem gerindo o HGP, maior hospital do Estado, o prefeito citou as Unidades de Saúde da Família como exemplo. “Na gestão de oito anos do meu antecessor, foram inauguradas 5 USF. Na nossa até hoje foram inauguradas 13, 13 minha gente, e eu digo até hoje, por que continuam as obras”, afirmou.

 

Amastha usou ainda a situação de desabastecimento de comida no HGP para criticar o governo e a vice-governadora. “É muita cara de pau. Ela é tão responsável quanto ele (Marcelo Miranda), ou não?”, questionou. Amastha pediu que os eleitores comparem como está a situação da Saúde em níveis nacional, estadual e municipal. “É caótica a situação do HGP, nós estamos assistindo e é impossível não ficarmos apenados com o que estamos vendo na televisão”-  disse - “se vocês viram semana passada, são mais de 100 UPA’s construídas no País afora e que estão fechadas, sem atuar por falta de equipamentos”, avaliou.

 

O prefeito anunciou em entregará nos próximos dias o ambulatório municipal com mil metros quadrados, todo equipado, que é onde serão realizadas cirurgias eletivas. “Não aquento mais ver um palmense passando fome na fila do HGP”, criticou.

 

Admitindo que a população não conhece as obras realizadas por ele e sua equipe por toda a Capital, o prefeito fez um convite aos presentes na inauguração: “sexta-feira começam os programas na televisão. Peço a vocês que assistam, por que com certeza vocês não sabem tudo o que aconteceu nesta cidade nos últimos anos”.

 

Ainda quer trabalhar com Kátia

Em contato com o T1 Notícias no final da tarde desta quarta-feira, 24, o prefeito Carlos Amastha esclareceu que se referiu à senadora em tom de brincadeira, pois ainda pretende trabalhar com ela pelo bem da capital. "Eu disse que continuava tentando juntar com ela, por isso brinquei, que era apenas um Engov, como uma ressaca", explicou. "Com ela tivemos uma boa experiência administrativa. Diferente dos outros, dos quais tentei me aproximar e não fizeram nada por Palmas", disse Amastha.

O prefeito disse ter procurado o ex-secretário de Relações Institucionais, Eduardo Siqueira Campos em 2013, justamente por isso, por que queria fazer gestão e precisava do governo. "Não adiantou nada, tivemos apenas promessas de parcerias", relembra.

Com Marcelo Miranda, a aproximação também não rendeu bons frutos, relembra Amastha. "Alem de nenhuma parceria de gestão ainda nos deve R$ 20 milhões da Saúde. Fizemos apenas a regularização do Taquari jutnos, ainda assim por que entramos no meio do rolo, juntei as partes, fizemos o acordo e ainda estamos pagando 50%", explica o prefeito. 

Na decisão dada sobre o assunto a juíza corrobora a afirmação do prefeito, afirmando: "O Município, além de implementar as medidas imprescindíveis à solução do impasse que perdurava há mais de uma década na área, se comprometeu a aportar aproximadamente 50% da indenização".

(Atualizada com correções às 19h12 de 24/08)

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