Amastha diz que posto de Vencim estava em área a ser regularizada e ataca Raul

Na manhã desta quarta-feira, 22, o prefeito de Palmas, Carlos Amastha, falou dos encontros que teve com Vencim e afirmou a existência de cartel nos postos de combustíveis na Capital

Prefeito realiza coletiva com a imprensa
Descrição: Prefeito realiza coletiva com a imprensa Crédito: Foto: T1 Notícias

O prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PSB), em entrevista coletiva à imprensa na manhã desta quarta-feira, 22, marcada para falar sobre a indenização das famílias impactadas pelo BRT, aproveitou o momento para comentar o fato de seu nome ter sido citado pela filha do empresário Wenceslau Gomes Leobas de França (Vencim), assassinado em Porto Nacional. “Segundo a filha do falecido alguém teria falado que eu seria sócio do Duda, que sócio bom que sou eu que não aprovei o projeto do posto dele? Foi reprovado em todas as instâncias, duas vezes só no Urbanismo”, afirmou Amastha.

 

Segundo explicou o prefeito, ele teria encontrado três vezes com Vencim, que o teria procurado para falar da obra de um posto que estava sendo construído. De acordo com Amastha, os encontros foram intermediados pelos deputados estaduais Valdemar Júnior (PMDB) e Ricardo Ayres (PSB), tendo o primeiro encontro ocorrido no fim de 2014. O último encontro foi a pedido do prefeito de Ipueiras, Hélio Carvalho dos Anjos, em dezembro de 2015 no setor Santo Amaro.

 

Segundo Amastha, a gestão era favorável à construção do posto, porém era necessário realizar revisão do plano diretor e da área de influência da rodovia, portanto a autorização só seria possível após esta revisão. Ainda de acordo com Amastha, a obra do empresário não tinha autorização da prefeitura e ele teria alertado Vencim sobre isso. “O senhor começou uma obra sem autorização da prefeitura, sendo embargada por várias vezes. Não vá fazer revelias, vai ter que esperar a aprovação”, explicou o prefeito.

 

Em janeiro deste ano, o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, José Messias, pediu para que Amastha atendesse a filha de Vencim, que teria novamente explicado o caso. Segundo Amastha, o ex-servidor Fred Lustosa teria usado o seu nome para a filha de Vencim, prometendo ajudar na aprovação da obra. “Nas mensagens que ela me mostrou tinha um funcionário nosso dizendo que ia ajudá-la porque era meu amigo. O fato de ter falado que poderia ajudar porque era meu amigo lhe custou o cargo e eu o exonerei”, ressaltou.

 

Denúncias

Outro fato polêmico e bastante criticado por Amastha foi o Projeto de Lei aprovado pela Câmara Municipal no fim da gestão do ex-prefeito Raul Filho (PR) que delimita a área para a construção de novos postos. “Todo mundo sabe o que aconteceu no final da administração passada, que hoje não tenho medo de falar, por que está nos autos. Fizeram negociata, o antigo prefeito e alguns vereadores distribuíram lotes, inclusive o filho do ex-prefeito tem um belo de um posto  em construção e fizeram aquela ‘maracutaia’, que delimitaram um raio para que ninguém mais se instalasse”, denuncia Amastha.

 

Amastha destacou que o Projeto de Lei nº 5 foi enviado a Câmara em 17 de março de 2016 para mudar esta lei. “Mandei o projeto de Lei para a Câmara para acabar com esta vagabundice. Aquilo lá eu sempre achei uma afronta”, contou.

 

O prefeito relatou que comunicou a Duda Pereira, sobre o envio do Projeto de Lei, uma vez que ele é o presidente do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Tocantins (Sindiposto), e informou que Duda estava tentando impedir a aprovação da nova lei.

 

“Eu chamei o Duda para comunicar que estava mandando um Projeto de Lei para acabar com isso. Tão feliz ele ficou comigo que ele falando com o Ivory de Lira e com o vereador Milton Neris, o querido Duda, que considerava meu amigo, disse que ia me fu... literalmente. E pediu para o Ivory para que cuidasse para que esta lei não fosse aprovada, conforme gravações autorizadas pela Justiça”, afirmou Amastha.

 

Cartel dos postos

Amastha afirma que não entrou na politica para ser dono de posto de gasolina e afirmou que há cartel de gasolina em Palmas. “Não entrei na política para ser sócio de dono ou entrar pela esquerda, ainda mais criminalmente, principalmente com o cartel que tem montado nesta cidade. É justamente com esta lei queremos derrubar este monopólio”, finalizou o prefeito.

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