Amastha justifica aumento do IPTU e critica oposição: "nem votaram o orçamento"

Amastha alega que a oposição e especuladores politizaram o PL que tratava da Planta de Valores e criaram uma falsa discussão sobre o redutor

Amastha e aliados em coletiva nesta 2ª
Descrição: Amastha e aliados em coletiva nesta 2ª Crédito: Foto: T1 Notícias
Após a polêmica gerada pelo decreto que atualiza em 25% o IPTU de acordo com a inflação, o prefeito Carlos Amastha concedeu entrevista a imprensa nesta segunda-feira, 2, em Palmas. Estiveram presentes alguns vereadores que compõem a base aliada do município: o presidente da Câmara, vereador Folha Filho, Tiago Andrino, Gerson da Mil Coisas e Etinho Nordeste.
 
 
Na oportunidade Amastha afirmou que a oposição teria politizado a matéria que deveria ser tratada tecnicamente. "Perdeu-se a oportunidade de revisar algumas distorções, a exemplo de áreas do Alphaville/EMSA, G10, Areas do Setor Sudoeste - todas glebas acima de 30 hectares dentro do plano diretor sub avaliadas e que certamente precisavam mter a base de cálculo majorada para atender a capacidade contributiva e a justiça fiscal, pois tais medidas poderiam beneficiar os 99,9% da população restante de Palmas que se constituem pela classe média e baixa renda", explicou Amastha.
 
 
O prefeito ainda rebateu as afirmações que alegam que a Prefeitura agiu na calada. "Uma Comissão foi criada em 19 de agosto. Foram feitas 29 reuniões e o trabalho da comissão foi entregue para prefeitura dia 12 de dezembro". Para ele ocorreu uma falsa discussão em torno do redutor para omitir interesses de grandes proprietários. Amastha informou ainda o que foi considerado na atualização monetária do IPTU. "Foi reajustado apenas os índices anuais de atualização monetária dos tributos municipais em 6,56%, 10,47% e 6,99% para os anos de 2014, 2015 e 2016, arrendonda para um total de 25%.
 
 
Críticas à Câmara
 
O prefeito não escondeu sua insatisfação com alguns vereadores e com presidente anterior da Casa, Rogério Freitas, e também não poupou críticas a oposição. "Nós tinhamos vergonha de dizer o que estava acontecendo naquela casa. Nós vivemos a ditadura da minoria. Lúcio [Campelo] sentava em cima dos projetos e o presidente [Rogério Freitas] também não avocava sessão para votar. Nem orçamento anual eles votaram", comentou.
 
 
Folha garante apoio do legislativo
 
O vereador Folha Filho, eleito presidente da Câmara para o biênio 2017/2018, esteve presente na coletiva e adiantou algumas medidas e garantiu trabalhar em mais harmonia com o executivo. 
 
"Precisamos votar o orçamento, temos um concurso para realizar, aplicar mais transparência. O desafio é grande, mas Palmas amanheceu mais aliviada depois da sessão de ontem na Câmara onde o bem venceu o mal", pontuou o vereador da base aliada.
 
 
Arrecadação de IPTU
 
Em entrevista ao Portal T1 Notícias, o secretário de Finanças Cláudio Schuller informou que o município arrecadou de IPTU em 2016 em torno de R$ 45 milhões. "A previsão de aumento para este ano é algo em torno de R$10 milhões a mais que é o valor atualizado monetariamente durante esses três anos".
 
 
Sobre o destino desse dinheiro oriundo do reajuste do IPTU o secretário explicou que "Esses R$ 10 milhões serão utilizados para cobrir o défcit que nós temos da coleta de lixo da cidade. Já que o projeto de lei que reajustava a taxa também não foi votado".

 

Comentários (0)