Após queda de vetos, entidades pedem que Assembleia rejeite aumentos de impostos

Reunião ocorrida após as votações que impuseram derrota ao governo do Estado na rejeição de três vetos, registrou insatisfação de entidades representativas com intenção do governo em aumentar impostos

Empresários reuniram-se com deputados
Descrição: Empresários reuniram-se com deputados Crédito: Divulgação

Cerca de 20 entidades representativas dos diversos setores produtivos do Estado, comércio e serviços, reuniram-se na tarde desta terça-feira, 1 de setembro, na Sala de Reuniões da Presidência da Assembleia Legislativa para pedir aos deputados estaduais que rejeitem qualquer aumento de impostos que venha a ser encaminhado pelo governo do Estado à Casa. Representantes foram recebidos pelo presidente Osires Damaso (Democratas), com quem articularam a reunião pela manhã.

 

“O pedido deles foi claro: a classe produtiva não aguenta mais ter seus custos onerados e se houver aumento de impostos isso vai agravar ainda mais a recessão, e provocar desemprego”, disse o deputado Olyntho Neto(PSDB) ao T1 Notícias na noite desta terça-feira. O deputado negou que o resultado das votações desta terça seja um recado de que a Casa derrubará as medidas propostas pelo governo.

 

"O que fica claro é que os deputados estão sintonizados com os interesses da população do nosso Estado e que nada será aprovado aqui sem diálogo, sem uma ampla discussão com os segmentos interessados", afirmou.

 

Entre os deputados que participaram da reunião, Eduardo Siqueira Campos (PTB), usou a palavra para destacar que os parlamentares estão impedidos de avaliar onde o governo pode cortar gastos, em razão da falta de um Portal da Transparência que demonstre de fato arrecadação e gastos do Estado. “O que os senhores estão nos pedindo hoje é praticamente infactível”, disse ele, ao pedir que os empresários incluam entre as reivindicações que farão ao governo do Estado, a regularização urgente do Portal da Transparência.

 

Durante a reunião, o deputado Ricardo Ayres (PSB), atualmente na base governista, manifestou-se favorável a que o governo faça cortes na sua estrutura de pessoal, o quanto antes. “É preciso que as pastas que perderam sua atividade fim sejam fundidas a outras”, argumentou. Ayres votou com governo nos votos, encaminhou seus votos e discutiu com o deputado Nilton Franco (PMDB) - que votou pela derrubada dos vetos - sobre a inconstitucionalidade de algumas matérias.

 

Presentes à reunião, representantes da Fecomércio, Acipa, CDL, Sindicato dos Postos de Combustíveis, Aciara, entre outras entidades representativas de diversos setores usaram a palavra contra o pacotaço do governo que foi anunciado no Palácio Araguaia pelo governador Marcelo Miranda(PMDB), e que terá medidas encaminhadas à Casa, segundo o secretário da Fazenda Paulo Afonso Teixeira, no começo deste mês.

 

O governo defendeu o aumento das alíquotas do ITCD, IPVA e ICMS, além da redução de isenções e o fim de benefícios fiscais, como forma de atingir uma meta de aumento de arrecadação da ordem de R$ 300 milhões. As medidas de contenção de despesas foram realizadas com a expectativa de reduzir em R$ 100 milhões as despesas do governo com pessoal e custeio, reequilibrando o déficit financeiro e orçamentário.

 

Um documento foi lavrado registrando a reunião e o compromisso da Casa em debater cada medida que for encaminhada pelo governo, com os segmentos impactados.

 

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