Cidade de Palmas repudia reação de Miranda sobre pedido de Intervenção Federal

Após pedido de Intervenção Federal no Tocantins, feito pelo Município, o governador afirmou que irá até as últimas instâncias para responsabilizar criminalmente o prefeito Carlos Amastha

Carlos Amastha e Marcelo Miranda
Descrição: Carlos Amastha e Marcelo Miranda Crédito: Foto: Montagem/T1

A Prefeitura de Palmas enviou nota ao T1 Notícias na manhã desta sexta-feira, 22, repudiando publicamente o posicionamento do governador do Estado, Marcelo Miranda, diante de pedido de Intervenção Federal no Tocantins, feito pelo Município. Miranda afirmou que irá até as últimas instâncias para responsabilizar criminalmente o prefeito Carlos Amastha por suas declarações. O governador se refere à petição da prefeitura, que aponta que “Marcelo Miranda estaria usando da estrutura administrativa para atentar contra a vida do chefe do executivo municipal de Palmas, Carlos Amastha, dos secretários municipais e pessoas que apoiam a gestão municipal”. Ainda conforme a petição, o capitão da Polícia Militar Edivardes Gomes de Souza, autor de áudio contendo ameaças ao prefeito e equipe, "tem representado o Grupo Político do Governador".

 

Em nota enviada ontem ao T1 Notícias, o governador considerou “leviana e infundada” a acusação do prefeito de Palmas, segundo o governo “lançada por meio de um suposto pedido de intervenção federal no Estado, além de ser da mais alta gravidade. Por conta disso, garante que irá, até as últimas instâncias, para responsabilizar criminalmente o Sr. Prefeito e todos os que de maneira dolosa caluniam, difamam e injuriam, fazendo ilações sobre atos desta gestão ou de seus gestores”.

 

Na nota de repúdio divulgada hoje, a prefeitura apontou que o “governador Marcelo Miranda, ao tomar conhecimento da medida, surpreendentemente parte para um ataque pessoal com ameaças ao Município”.

 

Ainda conforme o Município, “é lamentável que o chefe de Estado não venha tomar providências enérgicas quanto ao ocorrido, abrindo investigações e fazer cessar o uso político da estrutura administrativa do Estado na campanha da Vice Governadora e seu grupo político. Só faltaria para a surpresa de todos, o Governo Estadual afirmar que o Capitão Edivardes se licenciou do Detran, mas omitir todavia que agora sim o tal membro da PM, condenado em 1º grau por homicídio, encontra-se involucrado diretamente na campanha do grupo político do governador e da vice-governadora nas eleições”.

 

A prefeitura ainda ressalta na nota que “está claro que o membro da PM nomeado e promovido pessoalmente pelo Governador para serviço de inteligência da base de dados do Detran à época, agora está atuando criminosamente em nome do grupo político do Governador, da Vice Governadora, anunciando que é um soldado do Partido Verde, que possui o controle de milícia armada a ser usada nas eleições, para matar o Prefeito da Capital e qualquer pessoa que não seja afeta ao Grupo Político do Estado, usando de expedientes de tortura e toque de recolher que só vimos no golpe de 1964, no ato institucional n. 05”.

 

O município finalzia a nota afirmando que além do STF, espera que outras instituições como a OAB possam “protagonizar no combate às atitudes do governo estadual atentatórias ao Estado Democrático de Direito”.

 

 

 

 

Comentários (0)