O diretor da Odebrecht de Relações Institucionais da Odebrecht, Cláudio Filho, declarou no escopo do seu depoimento ao Ministério Público Federal ter recebido um telefonema da senadora Kátia Abreu - pessoa que ele não conhecia - pedindo apoio para sua campanha.
Kátia Abreu teria afirmado ao diretor - que integra o grupo de executivos da empresa com acordo de delação premiada - que fazia o telefonema após promessa de Marcelo Odebrecht a ela, de que a empresa faria apoio à sua campanha.
No depoimento, o diretor cita o telefonema da senadora, como exemplo de situações que ocorrem em Brasília, em que parlamentares utilizam da influencia do mandato para pedir apoio financeiro para suas campanhas. Filho no entanto não fez pagamentos, nem intermediou encontros para beneficiar a senadora, segundo ele próprio narra no depoimento que integra os autos da delação.
Após o telefonema de Kátia Abreu, ele teria se reportado a Marcelo Odebrecht, que não teria autorizado a doação através de seu diretor.
O diretor afirma achar que a doação foi feita através do diretor da Odebrecht Ambiental, Mário Amaro, a alguém que representaria a senadora, mas que ele também não soube nominar.
Cláudio Filho não cita valores nem datas de pagamentos a senadora.
Jornal Nacional retira nomes após veiculação equivocada
Na noite de ontem, sábado, 10, o Jornal Nacional, da Rede Globo, fez nota de correção em sua edição, por ter citado a senadora Kátia Abreu e o senador Romário entre os possíveis beneficiados com recursos de caixa 2 de campanha pela Odebrecht. Segundo o jornal, por que o delator não efetuou os pagamentos nem pode afirmar com certeza que ocorreram.
Confira o trecho do depoimento de Cláudio Filho que cita Kátia Abreu.
Procurada, a assessoria da senadora informa que ela não comentará o assunto, mas fará pronunciamento no Senado no início da semana respondendo a acusação.
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