Ernani Siqueira respondeu a nota do PSDB e alfinetou a presidente interina Maria Tereza: “ela não está comendo com a mão dela. Infelizmente se ela está lá, fui eu que coloquei”. Ernani disse que há uma semana entregou seu cargo de secretário-geral do PSDB, mas afirmou que não vai se desfiliar do partido. Ele disse ainda que para tentarem expulsá-lo, terão que ter o aval da Nacional.
O ‘siqueirista’ disse que não se sente um “traidor”, mas “pelo contrário, nós é que nos sentimos traídos pelos companheiros, por falta de companheirismo, de apoio, daquilo que não só nós, mas todos as pessoas que foram braço direito da campanha de 2010, que fez todo um trabalho, e agora simplesmente deixaram o PSDB numa situação muito difícil, com apenas alguns candidatos e com muita dificuldade para enfrentar um chapão que é programado para que as pessoas novas não entrem”.
Ernani Siqueira negou que sua decisão tenha relação com a não aceitação do nome de Sandoval Cardoso. “Eu não tenho nada contra Sandoval”, disse ao esclarecer que sua posição se deve ao abandono do PSDB pelo grupo. O líder lembrou que sua saída da presidência se deu em função, justamente, da falta de condição de realizar um trabalho como realizou em 2010.
”Eu não gostaria de ver o PSDB também vir para a decadência que o foi o caso do Estado do Tocantins”, disparou.
Saída da direção
O pedido para sair do cargo de secretário-geral do partido partiu antes da declaração de apoio a Marcelo Miranda e Kátia Abreu, na semana passada. “Eu pedi a desistência para não ter nenhum vínculo em termos de ser secretário ou não ser secretário do partido. Continuo filiado”.
Desfiliar “só se eu quiser”
Ernani declarou que não vai pedir sua desfiliação do partido, conforme pede a nota da presidente do PSDB. “Eu sou companheiro no Estado e do PSDB Nacional e apoio a candidatura de Aécio Neves. Continuo filiado e não tenho nenhum problema quanto à desfiliação”, disse.
O empresário declarou que está filiado junto ao PSDB Nacional, “ligado ao PSDB Nacional e eu saio no dia que eu quiser e na hora que eu quiser”, argumentou.
“A expulsão da minha pessoa do PSDB passa pela Nacional e lá eu tenho certeza do apoio que tenho, da longa história que nós temos dentro do partido com os companheiros”, argumentou e disparou contra o ex-grupo: “eles podem ficar tranquilos com relação a minha saída ou não, a decisão será minha, não será de ninguém (...) eu não vou tratar desse assunto agora, porque não há nenhuma necessidade de sair ou não sair”.
Campanha para Aécio
Ernani Siqueira disse que comunicou à senadora Kátia Abreu e a Marcelo Lelis que os apoiaria, mas não deixaria de fazer a campanha pedindo apoio para Aécio Neves.
“Eu comuniquei à parte do PSDB, assim como comuniquei à senadora e ao governador (Marcelo Miranda) eu disse que só iria apoiar com essas condições. Não há divergência quanto a isso”, garantiu.
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