O deputado federal César Halum (PRB), que percorreu Ministérios acompanhando o governador Marcelo Miranda (PMDB) nos dois últimos dias de agenda em Brasília, teve uma conversa longa com Miranda, aparando arestas de campanha e afinando o discurso para o que pode vir a ser uma composição na base governistas nos próximos meses.
Segundo fontes do portal em Brasília, a aproximação de Halum pode ser um primeiro passo que tenha como consequência ainda uma reaproximação do deputado Ricardo Ayres , que já foi secretário de Juventude de Miranda no governo anterior.
Ouvido, Halum confirmou que ouviu do governador um convite e o pedido de ajuda para o momento difícil que o Tocantins atravessa.
“Ele me convidou e eu o acompanhei aonde foi preciso. Antes de qualquer paixão partidária sou apaixonado pelo Tocantins e sei que o estado precisa de todos os esforços agora”, disse César Halum em entrevista por telefone ao T1 Notícias.
Rombo na previdência e Cauc
“Sei que ele está passando por dificuldades. Isso não quer dizer nenhum compromisso eleitoral futuro. Vamos ver como vai caminhar a convivência”, disse Halum.
Com o argumento de que agora é preciso ajudar o Estado a sair do buraco causado pela má gestão financeira, César Halum citou o problema específico da previdência, criado no Igeprev.
“O buraco ficou grande. Só o que foi descontado do servidor e não foi repassado dá R$ 160 milhões, da parte patronal. Então é uma situação grave”, cita o deputado federal que preside o PRB no Estado.
“Hoje a gente arruma o dinheiro e o estado não tem como receber, por que está no Cauc, então é uma situação difícil, delicada”, argumenta.
PRB pode ser nova alternativa
O deputado avaliou que o apoio que deu ao grupo que deixou o Palácio Araguaia foi pontual e refletiu na sua reeleição, mas afirma não ter nada o prendendo a nenhum dos grupos tradicionais da política tocantinense.
“Estou livre para conduzir o PRB no Estado como uma alternativa, um partido novo. Acho que fiz certo em buscar minha reeleição onde eu tinha menos inimigos. Onde havia mais facilidade para conquistar um novo mandato. Agora estou buscando novos líderes para compor o partido. Não estou atrás de ex isto ou aquilo”, explica ele.
Halum afirma que na hora da disputa eleitoral ferrenha, os políticos antigos terminam ficando com quem tem melhor estrutura financeira a oferecer.
“O PRB cresceu muito. Em 2010 elegemos 8 deputados federais, e em 2014 foram 21, quase o triplo. Então podemos ser esta nova opção no estado também”, acredita ele.
“Vou ajudar o Marcelo como ajudo o Amastha em Palmas. Não estou procurando cargos, emprego para ninguém. Não pedi nada. Vamos ajudar o Estado e ver como fica a nossa convivência para o futuro”, finalizou.
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