O potencial econômico da região do "Matopiba" foi tema de discurso da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) nesta quarta-feira, 19. Na tribuna do Plenário, a parlamentar lembrou que região formada por partes dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia é a última fronteira agrícola do país, com 35 milhões de hectares adequados para a produção de alimentos.
Segundo Kátia Abreu, a área, que foi delimitada pela Embrapa, abriga seis milhões de pessoas em 337 municípios e já responde por 10% da produção nacional de grãos, com potencial para muito mais.
Apesar da perspectiva otimista de futuro, a realidade é dura, alerta a parlamentar. Das 250 mil propriedades rurais do Matopiba, 235 mil se enquadram nas classes D e E. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da população local é de 0,64, contra 0,73 da média nacional.
“Nós queremos ter um continente de prosperidade, não com uma varinha de condão, não apenas uma ideia ufanista, mas temos condições e meios para fazer com que os produtores nativos, os pequenos e os médios possam ser inseridos nesta grande prosperidade do agronegócio”, afirmou.
De acordo com a senadora, a seca é outro desafio, mas a falta de chuva pode ser superada, desde que haja planejamento e investimento em tecnologia.
Kátia Abreu criticou o Ministério da Agricultura, que desmanchou um departamento criado especialmente para cuidar da região do Matopiba. Todavia, segundo ela, o desenvolvimento da região é irreversível.
“O Matopiba não depende da vontade de um governo. É uma realidade que não volta mais atrás. A população quer e precisa. Vamos reverter esse IDH vergonhoso e ser exemplo para o mundo”, avisou.
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