Mourão alega que TO não tem como honrar benefícios e deputados pedem diálogo

O deputado Paulo Mourão apresentou dados do impacto financeiro dos benefícios a serem pagos aos servidores que ultrapassam os R$ 100 milhões e diz que servidores receberam "um cheque sem fundo".

A greve da Polícia Civil e a iminência de greve de outras categorias, como a Saúde, tem feito com que os debates na Assembleia Legislativa (AL) girem em torno do tema orçamento, limite prudencial de gastos com pessoal e capacidade de investimento do Estado.

 

Nesta perspectiva, o deputado Paulo Mourão (PT), líder do Governo na AL, levou para a tribuna da Casa de Leis alguns números apurados sobre os pagamentos das progressões que já deviam ter sido feitas e não foram, pela falta de recursos, entre 2010 e 2015.

 

Na sua explanação, o deputado destacou que as progressões em atraso no período de 2010 a 2014 chegam ao montante de R$ 90,3 milhões, sendo R$ R$66,7 milhões para os servidores da Saúde, R$ 5 milhões para a Educação, R$ 5 milhões para a Polícia Civil e R$ 13,6 milhões para o Quadro Geral.

 

Em entrevista ao Portal, o deputado lembrou que os valores apresentados são os que ainda precisam ser pagos e são fruto de negociações junto aos sindicatos para viabilizar o pagamento.

 

O deputado afirmou que os benefícios devidos para o ano de 2015 vão chegar ao montante de R$ 87 milhões, de forma que distribuídos entre os setores fica R$ 49 milhões para a Saúde, R$ 5 milhões para a Educação, R$ 5 milhões para a Polícia Civil e R$ 4 milhões para o Quadro Geral.

 

“As pessoas têm o direito adquirido, só que o governo fragilizou o Estado por que o Estado não tem capacidade financeira para honrar os compromissos. Hoje nós não temos capacidade de arrecadação tributária no Tocantins”, declarou o deputado.

 

Para Mourão, o movimento de greve é legítimo, mas ele questionou se a greve vai conseguir resolver o problema e trazer o dinheiro necessário para o pagamento. O líder do Governo disse que o caminho é o diálogo.

 

“No dia em que votaram essas leis, o Estado já estava desenquadrado e na verdade deram um cheque sem fundo ao servidor”, pontuou.

 

O deputado Eduardo Siqueira Campos (PTB), que foi secretário de Relações Institucionais no governo de seu pai, Siqueira Campos, falou da importância do diálogo entre governo e sindicatos para que se chegue ao consenso. Ele também não perdeu a oportunidade de alfinetar Marcelo Miranda. “Foi ele [Marcelo] quem mais concedeu benefícios aos servidores”, disse.

 

Já o deputado Ricardo Ayres (PSB) lembrou que os benefícios foram dados por todos os gestores que passaram pelo Palácio Araguaia e defendeu a necessidade de se ter mais critérios no momento em que se aprova as leis. 

 

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