Mourão reitera crise do Estado e diz que policiais deviam garantir segurança

O líder do Governo na Al disse que respeita o movimento grevista, mas acredita que o melhor caminho é a abertura do diálogo. Mourão disse não acreditar que os ataques tenham partido da Polícia Civil.

Paulo Mourão diz que só PC não aceita esperar
Descrição: Paulo Mourão diz que só PC não aceita esperar Crédito: Bonifácio/T1Notícias

Após os atentados ocorridos em Palmas no último fim de semana, supostamente por uma facção criminosa e decorrentes da suspensão de serviços nos presídios por causa da greve da Polícia Civil (PC), o líder do Governo na Assembleia Legislativa (AL), deputado Paulo Mourão (PT), reiterou ao T1 Notícias que o Governo não tem viabilidade financeira para conceder o realinhamento salarial aos policiais.

 

“O impacto da Lei aprovada no ano passado é de aproximadamente R$ 34 milhões por ano. 17 sindicatos e associações fizeram acordo com o Governo dizendo que não abrem mão dos seus direitos adquiridos, mas que abrem um diálogo para o Estado se enquadrar na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Só a Polícia Civil diz que não aceita isso, que quer receber agora. Onde tem recurso pra quitar isso? É uma questão de legalidade”, afirmou Mourão.

 

O deputado voltou a argumentar a falta de recursos e pediu compreensão: “Há pessoas morrendo nos hospitais, falta de segurança, como equacionar isso? Não seria o bom senso de sentar e dialogar, procurar um entendimento possível de ser cumprido? O Governo anterior deu um aumento constitucional, não tinha orçamento e estava desenquadrado na LRF, mas nem isso o Governo está questionando, mas está questionando o efeito financeiro desta lei. Então cada um vai ficar olhando os seus problemas? Ou vamos pensar em observar a gravidade que se encontra o Estado?”.

 

Paulo Mourão disse que não é contra o movimento grevista, mas questionou: “será que este é o maior problema que temos que enfrentar atualmente, a greve dos policiais civis? Com todo respeito que tenho a eles, será que a única discussão deste Estado é a folha de pagamento do funcionário público?”.

 

Quanto aos ataques do fim de semana, Mourão disse que “tem que colocar policiais nas ruas, porque isso é coisa de bandido, que se esconde atrás de uma máscara para praticar um ato criminoso desse, queimar bem privado, mas de interesse público. O Governo não pode se intimidar com isso. Não sei quem fez isso, mas foi bandido, porque estava encapuzado. Mas não acredito que isso tenha partido dos policiais civis ou do comando de greve”.

 

Por fim, em relação à greve, ele reafirmou: “respeito o direito de greve, porque direito de greve subentende-se que é uma coisa ordeira, democrática, e por isso apoio. Mas na hora que alguma coisa extrapola o direito de greve, aí tem que entrar o poder do Estado”, concluiu.

                         

 

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